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Política

Imbróglio jurídico trava articulações do MDB-PE

Apesar da proximidade da janela partidária, sigla está impossibilitada de atrair novos filiados

Raul Henry e Fernando Bezerra CoelhoRaul Henry e Fernando Bezerra Coelho - Foto: Folha de Pernambuco

Com a proximidade do fim da janela para troca de partido, no início de abril, a dissolução do MDB de Pernambuco se tornou um verdadeiro abacaxi nas mãos da Executiva Nacional da sigla. A disputa entre o atual presidente da sigla, Raul Henry (MDB), e o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) vem travando as negociações para entrada de novos filiados e atrapalhando as articulações políticas dos dois grupos. Anteontem, um novo pedido de dissolução da legenda foi feito por advogado Golbery Lopes, aliado de Bezerra Coelho, estendendo a queda-de-braço entre as lideranças. Na reunião da Executiva, realizada no mesmo dia, o clima já era de menor tensão, diferentemente do enfrentamento presenciado nos últimos encontros que tratarão a intervenção.

Enquanto isso, o MDB não conquistou nenhum ganho com o imbróglio interno. Na reunião, Raul Henry chegou a colocar que parlamentares querem entrar na sigla, mas hesitam pela indefinição interna. Um deles é o deputado federal Fernando Monteiro que estaria de malas prontas para deixar o PP. "Temos candidatos a senador (Jarbas Vasconcelos), três estaduais com mandato (Tony Gel, Gustavo Negromonte e Ricardo Costa) e dois federais (ele e Kaio Maniçoba)", calcula Henry.

Já o senador Fernando Bezerra Coelho fica cada vez mais impossibilidado de cumprir a promessa de fazer o partido crescer no Estado. Até o momento, o único deputado federal que declarou publicamente que se filiará na legenda caso o parlamentar assuma o comando partidário é o seu filho e ministro de Minas e Energia, Fernando Filho. Outros que cogitavam ingressar na legenda tomam rumos distintos. João Fernando Coutinho se reaproximou do PSB, Marinaldo Rosendo ingressou no PP e Cadoca se aproximou dos partidos que compõem uma chapinha na Frente Popular. Procurado pela reportagem, o vice-governador Raul Henry afirmou que não há fato novo no processo e que continuará na briga pelo comando da sigla.

"Vamos continuar a lutar até o fim", repetiu o emedebista. O parlamentar recebeu diversos convites de partidos da Frente Popular caso perca a disputa interna com o grupo de Bezerra Coelho. PSD, PPS e PSL foram algumas das legendas que ofereceram abrigo. Nos bastidores, a sigla pessedista do deputado federal André de Paula é tida como a opção mais provável. "Agradecemos a todos pelos convites, mas temos confiança na Justiça", afirma Henry.

Já o PR chegou a ser cogitado como destino do grupo dos Coelhos, caso a intervenção não se concretizasse. Da mesma forma que o grupo de Henry e Jarbas, eles também negam a existência de um plano B.

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