Lula frustra pedidos por representatividade no STF e deve indicar mulher para vaga de Messias na AGU
As principais cotadas são Anelize Almeida, procuradora-geral da Fazenda Nacional; Isadora Cartaxo de Arruda, secretária-geral de Contencioso; e Adriana Venturini, procuradora-geral federal
A escolha do advogado-geral da União, Jorge Messias, para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) despertou críticas de entidades que vinham pressionando o presidente Lula a ampliar a presença feminina e negra na Corte.
Em nota divulgada nessa quinta, as organizações Fórum Justiça, Plataforma Justa e Themis Gênero e Justiça — que haviam apresentado sugestões de mulheres para a vaga — cobraram o governo a “transformar discursos em práticas” e reduzir a desigualdade de gênero em cargos públicos.
Aliados do petista acreditam que ele escolherá uma mulher para vaga hoje ocupada por Messias.
As principais cotadas são Anelize Almeida, procuradora-geral da Fazenda Nacional; Isadora Cartaxo de Arruda, secretária-geral de Contencioso; e Adriana Venturini, procuradora-geral federal. As três ocupam postos de segundo escalão na AGU. Desconsiderando as mulheres, o principal nome é Flávio Roman, atual número 2 da pasta.
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Segundo as entidades críticas à escolha de Messias, o problema não é o nome em si, mas a “continuidade de um padrão excludente na composição do sistema de justiça brasileiro”.
Com o saldo de indicações de Lula, o STF reduziu sua participação feminina de duas ministras para apenas uma, Cármen Lúcia, na sua composição atual. Em 2023, Lula optou por Flávio Dino para a vaga aberta com a aposentadoria de Rosa Weber.

