Sáb, 06 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
Câmara dos Deputados

Motta encaminha denúncias contra deputados que obstruíram plenário à Corregedoria da Câmara

Grupo de parlamentares da oposição podem ter seus mandatos suspensos; caso de Camila Jara, do PT, que empurrou Nikolas do plenário, também será avaliado

O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que uma eventual punição aos parlamentares terá caráter "pedagógico".O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que uma eventual punição aos parlamentares terá caráter "pedagógico". - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, encaminhou para a Corregedoria Parlamentar denúncias contra deputados de oposição que participaram de protesto que obstruiu o plenário por cerca de 30 horas.

Na ocasião, o grupo impediu a realização de sessões na Casa. A decisão ocorreu durante reunião da Mesa Diretora nesta sexta-feira.

Ao todo, cinco congressistas poderão ter seus mandatos suspensos por até seis meses.

Serão analisadas as condutas dos Marcel Van Hattem (Novo-RS), Marcos Pollon (PL-MS), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Zé Trovão (PL-SC). A deputada Camila Jara (PT-MS) também foi denunciada por empurrar o colega Nikolas Ferreira (PL-MG) do plenário.

"A Mesa da Câmara dos Deputados se reuniu nesta sexta-feira, 8 de agosto, para tratar das condutas praticadas por diversos deputados federais nos dias 5 e 6. A fim de permitir a devida apuração do ocorrido, decidiu-se pelo imediato encaminhamento de todas as denúncias à Corregedoria Parlamentar para a devida análise", diz nota divulgada pela Secretaria-Geral da Mesa da Câmara.

Em entrevista à CNN na tarde desta sexta-feira, o presidente da Câmara afirmou que uma eventual punição aos parlamentares terá caráter “pedagógico”.

— O que aconteceu foi algo muito grave. Não se pode permitir que um grupo de parlamentares ocupe fisicamente o plenário com o intuito de impedir o andamento dos trabalhos — disse.

Nos bastidores, a decisão foi interpretada como um gesto de afirmação da autoridade de Hugo Motta, que terminou desmoralizado, ao chegar ao plenário, e ser impedido pelos parlamentares de se sentar na cadeira da presidência.

Por mais de trinta horas, a oposição paralisou os trabalhos da Câmara. Os deputados exigiam que fossem pautados dois temas: a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e o fim do foro privilegiado.

Veja também

Newsletter