Dom, 07 de Dezembro

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Minas Gerais

MP Eleitoral de MG denuncia Nikolas e Engler por difamação contra Fuad Noman

Denúncia pede que o deputado tenha seus direitos políticos suspensos

O deputado federal Nikolas Ferreira foi um dos denunciados por difamação pelo Ministério Público Eleitoral de Minas GeraisO deputado federal Nikolas Ferreira foi um dos denunciados por difamação pelo Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais - Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o estadual Bruno Engler (PL-MG) foram denunciados por difamação pelo Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais nesta terça-feira, 8. As informações são do jornal O Globo. A acusação ocorreu devido um vídeo publicado por Nikolas durante as eleições 2024. Na peça, o parlamentar associava um livro escrito por Fuad Noman, então candidato a prefeito na capital mineira e concorrente de Engler, à pedofilia.

A denúncia no MP Eleitoral de Minas Gerais pede que o deputado tenha seus direitos políticos suspensos e pague uma indenização por danos morais para uma instituição indicada pela família de Noman. O prefeito faleceu em março deste ano.

Estadão tentou contato com Nikolas Ferreira, mas não obteve retorno até a publicação. O espaço continua aberto para atualização.



Durante a campanha eleitoral de 2024, Nikolas apoiou Bruno Engler (PL). O deputado federal publicou um vídeo em que discorria sobre o livro "A Cobiça", escrito por Noman.

A obra, que Nikolas classificou como um "livro pornográfico", apresenta um estupro coletivo de uma criança em sua narrativa. De acordo com o MPE, o deputado associou Noman à prática e ao dizer que "o problema é quando a ficção vira a realidade" em sua gravação.

O juiz Adriano Zocche considerou o vídeo de Nikolas "evidente distorção e manipulação para atingir parcela do eleitorado". O magistrado determinou a remoção do conteúdo, multa de R$ 5 mil por hora em caso descumprimento e deu direito de resposta à Noman durante o tempo de propaganda eleitoral reservado para Engler. O deputado federal, no entanto, não apagou a gravação de suas redes sociais.

 

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