Sex, 05 de Dezembro

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Justiça

Mulher de Ramagem diz que passou por momento de 'constrangimento e medo' ao ter celular apreendido

Rebeca Ramagem viajou para os Estados Unidos com a filha para encontrar com o marido, considerado foragido da Justiça brasileira

Rebeca e Alexandre Ramagem Rebeca e Alexandre Ramagem  - Foto: Reprodução

A mulher do deputado federal Alexandre Ramagem (PL), Rebeca Ramagem, afirmou que passou por um momento de "constrangimento, medo e covardia" ao ter o celular apreendido antes de deixar o Brasil. O relato foi feito por ela em um post nos stories do Instagram, no qual também disse que teve as malas revistadas e outros itens recolhidos ao embarcar no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, como antecipou a colunista do GLOBO Malu Gaspar. Ela saiu do país acompanhada das filhas e foi em direção aos Estados Unidos para encontrar o marido, considerado foragido da Justiça brasileira.

"O mais doloroso foi o pânico que isso causou nas minhas filhas, de 7 e 14 anos", escreveu na publicação, acrescentando que "o constrangimento, o medo e a covardia vivenciados não podem ser descritos". Rebeca também disse que "não é alvo de nenhum processo judicial e não está sendo investigada" e afirmou que é "servidora pública efetiva há 22 anos". Como mostrou o GLOBO, ela ocupa o cargo de procuradora do Estado de Roraima e está de férias oficialmente até amanhã (28).

Ramagem, por sua vez, além de ser alvo de um mandado de prisão expedido na semana passada, também teve o nome incluído em um banco nacional de procurados na última terça-feira, após o trânsito em julgado de sua condenação por envolvimento na trama golpista. Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ele também poderá ter o mandato cassado. Antes da ordem do magistrado, ele chegou a dizer que manteria sua atuação parlamentar mesmo estando fora do Brasil.

A fuga do deputado do país teria acontecido em setembro, mesmo mês em que a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) analisou a ação penal contra os réus do chamado "núcleo crucial" da trama golpista e o condenou a 16 anos de prisão. Ele teria deixado o Brasil pelo estado de Roraima, com passagem pela Guiana, e teve Miami como destino final. Em território americano, ele afirmou que se sente "seguro" e que tem "anuência do governo americano"

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