Sex, 05 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
MINISTRO

''Não li essa declaração'', diz Haddad após ser chamado de fraco por Kassab

Secretário do governo de Tarcísio de Freitas, Kassab disse ainda que se a eleição presidencial fosse hoje, Lula perderia a disputa

O ministro da Fazenda, Fernando HaddadO ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Foto: Ministério da Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira que não havia lido a declaração em que o presidente do PSD, Gilberto Kassab, o chamou de fraco. Mais cedo, em um evento com investidores em São Paulo, Kassab afirmou que Haddad não consegue se impor no governo.

O dirigente disse ainda que ter um ministro da Fazenda "fraco" é ruim para a economia de um país.

— Hoje a gente vê dificuldade do ministro (Fernando) Haddad de comandar. Ele externaliza convicções e projetos, que acabam não se tornando realidade porque ele não consegue se impor no governo. Um ministro da economia fraco não é um bom indicativo — afirmou Kassab pela manhã.

À tarde, Haddad foi questionado sobre a crítica de Kassab enquanto apresentava à imprensa uma proposta de reformulação do crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada.

— Não li essa declaração, não tomei conhecimento — disse Haddad.

Secretário do governo de Tarcísio de Freitas, Kassab disse ainda que se a eleição presidencial fosse hoje, Lula perderia a disputa. O dirigente, que nos bastidores reivindica mais espaço para o PSD no governo, afirmou que Lula tem perdido espaço até mesmo em redutos eleitorais como o Nordeste.

— Hoje (a reeleição) não é fácil. Em quase 23 anos, desde que Lula se elegeu, o PT nunca teve uma queda (de popularidade) no Nordeste. Se fosse hoje, ele estaria na campanha, mas não na posição de favorito, mas sim de derrotado. Mas Lula sempre é um candidato forte — disse Kassab em painel da Latin America Investment Conference, evento realizado pelo UBS e UBS/BB.

A crítica foi feita na semana em que a pesquisa Quaest mostra recuo da aprovação ao governo Lula (PT) em cinco pontos, de 52% para 47%. Pela primeira vez, a aprovação ficou atrás do percentual dos que reprovam a atual gestão. Segundo o levantamento, 49% agora dizem desaprovar a atuação do presidente, dois pontos a mais do que o índice dos que aprovam.

A pesquisa também mostra redução da aprovação de Lula no Nordeste. O levantamento aponta que 60% dos nordestinos aprovam a gestão na região. Em dezembro de 2024, eram 67%.

Veja também

Newsletter