'Não tenho ideia do que está na cabeça de Lula', diz Vinícius Carvalho, cotado para a vaga no STF
O advogado-geral da União, Jorge Messias, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o ministro do TCU, Bruno Dantas também são citados entre os possíveis nomes a serem indicados à Corte
Um dos nomes cotados para assumir a vaga deixada por Luís Roberto Barroso, no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Carvalho, desconversou sobre a possibilidade de se tornar membro da Corte. Carvalho afirmou, durante participação no Fórum Esfera Internacional, em Belém, no Pará, que não sabe quais os planos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), responsável por indicar o novo magistrado que irá compor o STF.
— Eu não faço a menor ideia do que está na cabeça do presidente Lula sobre esse tema. Eu sei que ele vai tomar a decisão na hora que ele achar correta e para o bem do Estado brasileiro, para o bem do povo brasileiro — disse Carvalho.
Barroso anunciou nesta quinta-feira a aposentadoria antecipada do STF. O magistrado já vinha dando sinais de que deixaria a Corte, o que já despertou as articulações em torno da sucessão. A saída estava prevista apenas para 2033, quando Barroso completará 75 anos.
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Nos bastidores, além de Carvalho, há outros três nomes despontam como favoritos para ocupar a cadeira de Barroso, caso ele oficialize sua saída.
O mais forte é o do advogado-geral da União, Jorge Messias, considerado homem de confiança de Lula e com perfil técnico e político alinhado ao governo. Messias tem 45 anos e, se indicado, poderia permanecer na Corte por até três décadas.
Outro nome com força é o do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado e aliado próximo de ministros como Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Pacheco é visto como uma escolha que agradaria a setores do Judiciário e do Legislativo, mas Lula ainda avalia mantê-lo como candidato ao governo de Minas Gerais em 2026, o que poderia adiar sua ida ao STF.
Também está no radar o ministro do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, que tem bom trânsito político e é próximo ao Planalto.

