PGR diz que ações de Eduardo e Figueiredo causaram "tragédias financeiras" ao país
Gonet acusou os dois do crime de atuar para constranger ministros do Supremo que julgaram o processo da trama golpista
A Procuradoria-Geral da República afirmou nesta segunda-feira que a movimentação do deputado federal Eduardo Bolsonaro e do jornalista Paulo Figueiredo nos Estados Unidos resultou em "tragédias financeiras" para o país.
O chefe do Ministério Público Federal, Paulo Gonet Branco, acusou os dois de tentarem "pressionar" e "atemorizar" ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em prol da abolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro no caso da trama golpista.
A PGR listou como "custo econômico e social" decorrente da ação da dupla o tarifaço imposto a produtos brasileiros pelo governo do presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Como consequência, Gonet cita a abertura de uma linha de crédito de R$ 40 bilhões pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) para socorrer empresas atingidas pelas tarifas e a queda bilionária na quantidade de exportações do Brasil aos EUA.
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"Os danos prenunciados com o objetivo de coagir os julgadores a não levar o processo criminal ao seu termo adequado atingiriam também a sociedade e a economia brasileiras", diz o PGR, que acrescenta:
"Os denunciados divulgaram amplamente tragédias financeiras, decorrentes das sanções que se afirmavam e se mostraram aptos para conseguir nos Estados Unidos da América, se o SupremoTribunal Federal não liberasse os acusados no processo penal contra Jair Bolsonaro e outros".

