Sex, 05 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
PRISÃO

Primeira Turma do STF forma maioria para manter prisão preventiva de Jair Bolsonaro

Ex-presidente foi preso preventivamente, na manhã do último sábado (22), por tentar violar a tornozeleira eletrônica com ferro quente

STF decide por manter prisão preventiva de Jair BolsonaroSTF decide por manter prisão preventiva de Jair Bolsonaro - Foto: Sérgio Lima/AFP

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, na manhã desta segunda-feira (24).

Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin deram voto favorável à prisão e formaram a maioria de 3 a 0. Cármen Lúcia é a próxima a votar, e poderia apenas diminuir o placar, mas não alterar a decisão.

O julgamento virtual na Primeira Turma da Corte começou às 8h desta segunda-feira (24) e poderia seguir até 20h.

O voto que abriu a sessão foi o de Alexandre de Moraes. Ele é o relator do caso que converteu a prisão domiciliar do ex-presidente em preventiva, na manhã do último sábado (22), por tentar violar a tornozeleira eletrônica com ferro quente. Veja o vídeo abaixo.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação partilhada por Folha de Pernambuco (@folhape)

Prisão de Bolsonaro
Bolsonaro cumpria prisão preventiva em casa desde o dia 4 de agosto deste ano por ter descumprido medidas cautelares impostas por Moraes. O ex-presidente participou por meio de ligação das manifestações bolsonaristas realizadas em São Paulo e no Rio de Janeiro, e a interação foi transmitida nas redes sociais, o que estava proibido.

Antes disso, o ex-presidente passou 17 dias, entre 18 de julho e 4 de agosto, sendo monitorado por tornozeleira eletrônica por determinação de Moraes. O ministrou avaliou que ele e o filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), tentavam coagir a Justiça no curso da ação penal do golpe por meio de sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos.

Foram identificadas transferências financeiras de Bolsonaro para Eduardo nos Estados Unidos, onde o parlamentar vive desde o início do ano em busca de influenciar a gestão Donald Trump a pressionar o STF pelo arquivamento da ação contra seu pai.

A atuação de pai e filho com ao governo americano se desdobrou em um inquérito conduzido pela Polícia Federal (PF) para apurar obstrução de justiça e tentativa de interferência no processo em julgamento no STF. No último sábado, 15, a Primeira turma decidiu, por unanimidade, tornar Eduardo réu pelo crime de coação.

Veja também

Newsletter