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Política

Promotora do caso Celso Daniel pode virar desembargadora

Márcia Lourenço Monassi é a mais votada na lista tríplice, via Quinto Constitucional. Decisão está nas mãos do governador de São Paulo, Tarcísio Freitas

Ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel foi encontrado morto no dia 18 de janeiro de 2002Ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel foi encontrado morto no dia 18 de janeiro de 2002 - Foto: FOTO ITAMAR MIRANDA/AE

BRASÍLIA - Em São Paulo, a nomeação do novo desembargador do Tribunal de Justiça está despertando uma curiosidade nacional, principalmente em Brasília, nos corredores do Congresso e no Palácio do Planalto. Na lista tríplice, via Quinto Constitucional, já nas mãos do governador Tarcísio Freitas, está Márcia Lourenço Monassi, a mais votada. Trata-se da promotora que atuou no caso Celso Daniel.

Ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel foi encontrado morto no dia 18 de janeiro de 2002, em Juquitiba, na Região Metropolitana de São Paulo, dois dias após ser sequestrado. O político tinha 50 anos e, conforme apontou a perícia à época, foi torturado e atingido com oito tiros.

Ele voltava de carro de um jantar em uma churrascaria paulista com o empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, seu assessor e ex-segurança, que dirigia a Mitsubishi Pajero blindada que ocupavam, quando foram abordados por homens armados em três veículos. O carro foi crivado de balas e Celso raptado. Sombra saiu ileso.

O petista havia acabado de assumir o segundo mandato como prefeito e estava na coordenação da campanha vitoriosa de Lula (PT) à Presidência da República. O caso foi encerrado após investigações do Ministério Público e da Polícia Civil concluírem que o político foi morto por crime comum.

Inicialmente, houve divergências entre as versões apresentadas por promotores do Ministério Público (MP) e por delegados de polícia. Contudo, após uma série de versões conflitantes, a Justiça entrou em um consenso, encerrou o caso e os responsáveis indicados nas investigações estão cumprindo pena.

Inicialmente, uma versão apresentada pela promotoria indicava que a investigação policial havia sido incompleta por não apurar quem foram os mandantes do crime, por isso, apontou Sombra, considerado um dos líderes de esquema para obter propinas de empresas do setor de transporte de Santo André, na região do ABC paulista, como mentor. A princípio, seis homens, que não tinham ligação com o PT, foram condenados pelo assassinato.

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