Sáb, 06 de Dezembro

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Militante

Quem é o "TromPetista" que interrompeu Bolsonaro com "marcha fúnebre" no Senado

Conhecido entre os militantes de esquerda do PT, Fabiano Leitão subiu a rampa na posse de Lula, já foi preso e se candidatou a deputado distrital nas eleições de 2022

O trompetista Fabiano Leitão ao lado de Lula O trompetista Fabiano Leitão ao lado de Lula  - Foto: Divulgação/Mônica Zaratine

O trompetista que tocou a marcha fúnebre e interrompeu uma entrevista coletiva do ex-presidente Jair Bolsonaro é um ativista conhecido por militantes da esquerda do PT.

Fabiano Leitão chamou a atenção nesta quarta-feira ao atrapalhar a fala do ex-mandatário sobre o julgamento que o tornou réu na trama golpista.

Dono do perfil 'Trom_Petista' nas redes sociais — uma brincadeira com o nome do instrumento mais a referência ao partido de Lula —, Leitão tem 122 mil seguidores no Instagram, e ganhou prestígio com a militância ao fazer parte da produção de trilhas sonoras de esquerda durante oposição ao governo de Bolsonaro.

Fabiano Leitão já era conhecido após ter rodado o Brasil participando de atos de apoiadores do atual presidente, e também por realizar serenatas ao petista durante o período em que ficou preso em Curitiba.

Na cerimônia de posse do terceiro mandato, ele participou da cerimônia subindo a rampa do Planalto entoando músicas famosas durante a campanha de 2022.

Um exemplo é a canção "Lula Lá", de Hilton Acioli, que repercutiu ao som do trompete de Leitão durante a fase de transição: o músico ficava em frente do Centro Cultural do Banco do Brasil, onde a equipe trabalhava.

Ele também tocou o hino antifascista italiano "Bella Ciao" durante uma visita do então presidente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Carreira na política e detenção
Além da música, Leitão tentou a vida política nesta eleição, ao se candidatar como deputado distrital pela coligação Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PC do B e PV.

Ele se tornou suplente com 4460 votos.

Em 2021, o trompetista foi preso ao tentar se manifestar tocando o instrumento musical diante do comboio militar que desfilava com tanques em frente ao Palácio do Planalto, na presença de Bolsonaro. Após assinar termo circunstanciado, ele foi liberado.

Além do ex-presidente, outros nomes já foram alvos das músicas de Leitão, como o então presidente da Argentina Mauricio Macri, de centro-direita, que estava em visita ao Brasil, e o ministro do STF Luiz Fux, após suspender as investigações contra Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, ambos em 2019.

No último, ele tocou o tema de “O Poderoso Chefão”, filme clássico sobre a máfia. Em seguida, apresentou a canção infantil “Marcha Soldado” e finalizou com a "Marcha Fúnebre”.

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