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"Rachadinha": do relatório do Coaf à anulação, veja a linha do tempo da apuração

Caso da Rachadinha foi o eixo central de conversa entre ex-presidente e advogadas do filho, que teria sido gravada por Ramagem

Rachadinha: o senador Flávio BolsonaroRachadinha: o senador Flávio Bolsonaro - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A investigação sobre uma suposta prática de "rachadinha" no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (hoje senador pelo PL-RJ) foi o eixo central de uma conversa gravada entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e advogadas do filho.

O aúdio teria sido captado pelo então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, atualmente deputado federal, que também esteve presente ao encontro.

O conteúdo foi obtido por investigadores no âmbito de um inquérito que mira atividades potencialmente ilegais na gestão de Ramagem à frente do órgão, quando adversários políticos, membros do Judiciário e jornalistas teriam sido monitorados irregularmente, em caso que ficou conhecido como "Abin paralela".

Na segunda-feira (15), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou o sigilo da gravação.

Em um dos trechos da conversa, a advogada Luciana Pires, uma das defensoras de Flávio Bolsonaro no caso da "rachadinha" à época, disse que leu a denúncia do Ministério Público do Rio (MP-RJ) contra o filho do ex-presidente cinco meses antes de a peça ter sido de fato protocolada.

Pires contou ainda que a denúncia contra Flávio "estava pronta" em junho de 2020 e que conseguiu "brecar" a peça naquela ocasião ao obter uma decisão, no Tribunal de Justiça do Rio, que concedeu foro privilegiado a Flávio.

Relembre abaixo a cronologia do caso da "rachadinha".

Passo a passo da "rachadinha"

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