Relembre parlamentares que já foram presos e ocuparam cadeira de presidência na Alerj
Atual presidente, Rodrigo Bacellar, é suspeito de vazar informações que levaram à prisão de deputado estadual TH Joias
O atual presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil), foi preso na manhã desta terça-feira pela Polícia Federal. Ele é suspeito de vazar informações sobre a Operação Zargun, que levou à prisão, em setembro, do ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias — investigado por envolvimento com a venda de armas e lavagem de dinheiro com o tráfico. Além de Bacellar, outros parlamentares que também ocuparam a presidência da Alerj foram presos, como Jorge Picciani, Paulo Melo e Sérgio Cabral. Relembre os casos.
Jorge Picciani
O ex-deputado foi preso em novembro de 2017 pela PF durante a Operação Cadeia Velha. Ele era apontado na investigação como integrante de um esquema de propina em troca de decisões favoráveis ao setor de transportes. Junto a ele, eram alvo também Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB. Jorge Picciani morreu em 2021, enquanto tratava um câncer na bexiga.
Paulo Melo
A prisão de Paulo Melo também aconteceu durante a Operação Cadeia Velha, em 2017, junto a Picciani. Ele foi presidente da Alerj entre 2011 e 2013 e de 2013 a 2015. Em 2020, ele voltou a ser preso, dessa vez, durante a investigação Lava-Jato. As investigações apontavam desvios em contratos na área da saúde envolvendo organizações sociais e contaram com interceptação telefônica e quebras de sigilo telemático.
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Sérgio Cabral
Cabral foi presidente da Alerj entre 1997 e 1999. Depois, de 1999 a 2001. Ele foi preso durante a Operação Lava-Jato, em 2016, e solto em 2022. O ex-governador era acusado de comandar uma organização criminosa que fraudava licitações e cobrava propina. Em depoimento ao juiz Sérgio Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, em 2019, ele admitiu a corrupção em seu governo. “Esse foi meu erro de postura, apego a poder, dinheiro... é um vício”, disse.
José Nader
Nader foi eleito presidente da Alerj entre 1991 e 1992 e de 1993 a 1994. Foi alvo da Polícia Federal em 2008, quando foi indiciado por peculato — quando um servidor público se apropria de bens públicos ou particulares — e formação de quadrilha. As acusações eram referentes ao período em que presidiu a assembleia, quando teria beneficiado a Consultoria Grupo Sim por meio de contratações sem licitação.

