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julgamento

'Saúde de Bolsonaro é frágil, e orientação é que ele fique em casa', diz advogado de ex-presidente

Defensor reitera ao deixar a Corte que ex-mandatário não participou da trama golpista

Defesa de Jair Bolsonaro diz que o ex-presidente "tem uma saúde extremamente fragilizada"Defesa de Jair Bolsonaro diz que o ex-presidente "tem uma saúde extremamente fragilizada" - Foto: Rosinei Coutinho/STF

O advogado Paulo Amador Bueno, membro da equipe de defesa de Jair Bolsonaro, disse nesta quarta-feira (3), na saída do Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente "tem uma saúde extremamente fragilizada" e que a orientação médica é de que ele permaneça em casa.

— O ex-presidente (Jair Bolsonaro) tem uma saúde extremamente fragilizada hoje. Estive com ele, ele tem crises de soluço muito fortes, é até aflitivo. A orientação médica é de que ele permaneça em casa porque aqui (no STF) é muito estressante tanto do ponto de vista físico quanto emocional. É uma situação bastante delicada, são muitas horas de julgamento — afirmou o advogado.

Bueno disse que não acompanhou quando o advogado Andrew Farias, defensor do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, disse no plenário da Primeira Turma que o general atuou para demover Bolsonaro de levar a cabo medidas de exceção. Bueno reiterou que o ex-presidente "jamais teve qualquer intuito golpista".

— As minutas que estão colocadas ali (...) eram considerandos relacionados (à decretação de) estado de sítio e estado de defesa, são mecanismos constitucionais e extremamente formais dentro da lei. Para você convocá-los, inicialmente você convoca o Conselho da República e o Conselho de Defesa. O Conselho da República tem mais de 20 membros, a maioria ministros. O Conselho de Defesa são nove membros, em sua grande maioria ministros. E depois tem que submeter ao Congresso. Estado de sítio é um dos institutos mais colegiados que existe na nossa legislação e não tem nada de antidemocrático. O presidente em momento algum deu início aos protocolos para essas providências — disse Amador Bueno.

O advogado disse que "se o julgamento for estritamente jurídico, não há por que condenar o presidente Bolsonaro".

— Se houver influxos de política, é outra questão — ressaltou.

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