STF reforça estrutura para revista de visitantes em dia de julgamento do golpe
O julgamento começa nesta terça-feira e deve se estender até o dia 12
O Supremo Tribunal Federal (STF) já conta nesta segunda-feira com um reforço na sua estrutura de segurança para a revista de visitantes e acesso ao prédio onde fica localizada a Primeira Turma da Corte, onde ocorre o julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete réus na trama golpista.
No acesso pela garagem ao edifício anexo onde fica a Primeira Turma foi colocado um aparelho de raio-x e um detector de metais. Geralmente esse acesso, por ficar mais restrito a funcionários e servidores, não conta com esse tipo de equipamento.
Para o julgamento, no entanto, a entrada pela garagem pode ser usada para o acesso de advogados dos réus e até mesmo pelos acusados que quiserem assistir o julgamento presencialmente.
O julgamento começa nesta terça-feira e deve se estender até o dia 12, com previsão de que as medidas especiais de segurança permaneçam também nas duas semanas seguintes, em razão da posse do novo presidente da Corte, ministro Edson Fachin, marcada para 29 de setembro.
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O reforço inclui o fechamento da Praça dos Três Poderes, a presença da tropa de choque da Polícia Militar, do Bope e do COT da Polícia Federal, além da instalação de novos pórticos de detecção de metais nas entradas do tribunal. Também haverá mais viaturas e policiamento ostensivo no entorno do STF, com agentes da Polícia Judicial e de outros quatro tribunais deslocados para Brasília.
Parte desse efetivo, incluindo 30 guardas vindos do Rio e de São Paulo, já dorme nas dependências da Corte desde o início da semana.
O esquema especial prevê ainda o uso de cães farejadores e drones de monitoramento com imagem térmica, capazes de varredura diurna e noturna, além de revistas em mochilas e maior controle de acesso às dependências do tribunal.
As medidas seguem o protocolo de mais alto grau de vigilância previsto para situações de risco elevado — categoria que, no STF, só foi adotada em episódios como o julgamento do Mensalão e em momentos de grave ameaça à sede do tribunal.

