Releitura de "Espumas Ao Vento" celebra o legado de Accioly Neto
Versão reúne a voz de Accioly Neto, Zeca Baleiro e Mestrinho em uma homenagem que reacende a força do clássico brasileiro.
São vinte e cinco anos de silêncio aparente, mas a voz do cancioneiro Accioly Neto ainda borda o ar. A nova releitura de “Espumas Ao Vento” acende de novo essa memória, como quem abre a janela depois da chuva. Para celebrar esse legado, a Nas Nuvens Music Group, ao lado de Tereza Accioly e Talitha Accioly, lança nesta sexta (28), a versão de um dos grandes marcos da carreira do compositor em todas as plataformas digitais. A composição, conhecida pela sua carga emocional e por atravessar gerações, ganha nova vida com produção de Alexandre Fontane.
Para falar sobre a releitura de “Espumas Ao Vento”, o programa Folha na Tarde com Simone Ventura, da Rádio Folha FM 96.7, recebeu a Presidente da Sociedade dos Forrozeiros Pé de Serra e Ai! Tereza Accioly e a cantora Kelly Rosa. A Tereza, também esposa do compositor, fala como surgiu a ideia da releitura.
Junto com minha filha, a gente sempre discute e sempre conversa sobre o que fazer para que o nome Accioly Neto se perpetue. E aí a gente teve a ideia e falou com o pessoal da "Nas nuvens", fizemos uma reunião online e nessa reunião a gente deu a sugestão e eles acharam bem legal essa sugestão. A gente deu sugestão de vários nomes de artistas para participar da releitura.
A homenagem resgata a voz original de Accioly e a coloca ao lado de Zeca Baleiro e do sanfoneiro Mestrinho, vencedor do Grammy Latino, que acrescenta sua assinatura à canção. Revisitar “Espumas Ao Vento” é voltar à reflexão sobre o que permanece e o que se desfaz, metáfora central da obra de Accioly Neto. A cantora Kelly Rosa fala sobre a releitura de "Espumas Ao Vento" e o que significa a canção, enquanto artista.
Eu creio que um compositor do tamanho da grandeza de Accioly Neto, quando ele fez essa canção e, eu digo, não só essa, né? Essa porque a agora tá na linha, mas para mim, eu posso dizer aqui rapidinho, no mínimo, 10 canções dele são maravilhosas. Accioly conseguia trazer uma escrita, uma poesia e, tocando assim na jugular, no sentimento de cada um, uma canção, uma melodia, uma poesia que serve assim para você, em qualquer relação que você esteja vivendo. Tanto que “Espumas Ao Vento” está presente até na missa, aos domingos.
O clássico, já regravado por Fagner e Elba Ramalho, entre ouros intérprestes, além de ser eternizado no filme Lisbela e o Prisioneiro, reforça sua força afetiva. Agora, a nova versão aproxima passado e presente e reafirma a permanência de um dos nomes mais sensíveis da música brasileira.
O encontro costura delicadeza e força, deixando a canção respirar de outro jeito. Revisitar essa faixa é tocar na metáfora das espumas que passam e do amor que fica. Accioly sabia distinguir o que se desfaz do que insiste em permanecer. É essa verdade que se mistura à alma nordestina e alcança quem escuta sem pedir licença.
Acompanhe a entrevista através do player abaixo:
Agora, a releitura reacende o brilho desse clássico sem retirar sua essência. Passado e presente se encontram, e o legado do compositor Accioly Neto segue firme, como quem não aceita desaparecer.

