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CANAL SAÚDE

Desafios e estratégias para uma vida ativa na terceira idade

Como garantir qualidade de vida, autonomia e bem-estar em uma população que envelhece cada vez mais

Foto: Canva

O Brasil está envelhecendo rapidamente. Atualmente, são cerca de 33 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. E as projeções do IBGE indicam que, até 2070, quase quatro em cada dez brasileiros estarão nessa faixa etária. O alerta é claro: não basta viver mais, é preciso envelhecer com qualidade de vida.

Com o aumento da longevidade, surgem novos desafios para a sociedade e para os sistemas de saúde. Envelhecer com saúde não significa apenas ausência de doenças, mas manter autonomia, preservar vínculos afetivos e continuar ativo física e mentalmente. Essa é a visão defendida pelo geriatra Victor Pontes, diretor científico da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - Seccional Pernambuco.

Nesta quarta-feira (1º), o médico Victor Pontes conversou com o âncora Jota Batista, no programa Canal Saúde, da Rádio Folha FM 96,7. A entrevista também está disponível no canal do YouTube e na página da Folha de Pernambuco no Spotify.

Acompanhe a entrevista através dos players abaixo:

 


Durante o bate-papo, Victor Pontes falou sobre os principais pilares de um envelhecimento saudável.

“Não estamos falando só de tratar doenças, mas de criar condições para que o idoso continue participando da vida familiar, social e profissional. Estimular o cérebro, praticar exercícios físicos e manter uma alimentação equilibrada são atitudes fundamentais”, explica o especialista.

Victor Pontes, Geriatra

Segundo Pontes, o processo de envelhecimento começa a ser moldado muito antes da chegada da terceira idade. Hábitos saudáveis na juventude e na fase adulta impactam diretamente a forma como se envelhece. Além disso, ele destaca o papel da família e da rede de apoio.

“A solidão é um fator de risco tão sério quanto a hipertensão. O vínculo social, o afeto, o sentimento de pertencimento, tudo isso influencia a saúde física e mental do idoso.”

Dados do IBGE reforçam a urgência do debate. Em 1940, a expectativa de vida no Brasil era de apenas 45 anos. Hoje, ultrapassa os 76. Isso significa que as políticas públicas, as famílias e a sociedade como um todo precisam se adaptar para acolher uma população mais velha e mais ativa.

O geriatra finalizou a entrevista com um recado importante:

Envelhecer bem não é sorte. É um processo construído com prevenção, informação e escolhas. Precisamos mudar a forma como enxergamos o envelhecimento. Ele não é um fim, é uma nova etapa da vida, cheia de possibilidades.”

O Brasil do futuro será um país de idosos. E isso pode ser uma boa notícia, desde que todos estejam preparados para fazer dessa fase um momento de plenitude e bem-estar.

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