Sex, 12 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
Rádio Folha

Gordura no fígado atinge 4 em cada 10 adultos e exige cuidados com alimentação

Especialista reforça que a doença evolui sem sintomas e pode levar a cirrose e problemas cardíacos

Foto: Canva

Quem tem gordura no fígado (ou esteatose hepática, no termo médico) deve ficar alerta para as confraternizações de fim de ano.

 

A gordura no fígado deixou de ser um problema restrito a quem bebe demais. Hoje, ela é o reflexo mais visível da crise metabólica do nosso tempo: alimentação ultraprocessada, noites mal dormidas, pouco movimento e muito estresse.

 

O resultado? Uma epidemia silenciosa que já atinge quase 40% da população adulta.

 

Nesta quinta-feira (11), Jota Batista, âncora da Rádio Folha 96,7 FM, conversou, no Canal Saúde, com a radiologista, Andréa Leite. Ela falou sobre a gordura no fígado.

 

Acompanhe a entrevista através dos players abaixo

 

 

 

Dra. Andréa Leite iniciou a conversa explicando que a gordura no fígado não é um problema restrito ao consumo de álcool

 

“Muita gente acha que é só por consumo de bebida alcoólica, e ela é uma condição muito importante e muito presente na vida de muitas pessoas. Está presente em uma a cada três pessoas, ou quatro a cada dez”

 

Radiologista Andréa Leite/Foto: Divulgação

 

A especialista também alertou para o perigo silencioso da evolução da gordura no fígado

“Hoje a esteato-hepatite já é uma das principais causas de cirrose hepática e transplante. A gente tem muito a ideia de que cirrose é só de quem bebe, mas não. Uma das principais causas atualmente é a esteato-hepatite não alcoólica, que provoca inflamação e, depois, fibrose.”

 

Ao falar sobre os impactos além do fígado, a médica ressaltou a forte conexão entre esteatose e doenças cardiovasculares 

 

“Paciente que tem gordura no fígado provavelmente vai ter aumento da chance de ter placas nas carótidas e nas coronárias, que são artérias importantes do coração. Isso aumenta o risco de infarto. Está tudo muito ligado.”

 

Por fim, Dra. Andréa reforçou que o maior risco não está apenas nas festas de fim de ano, mas sim nos hábitos acumulados ao longo dos meses

 

“O que mais importa não é o final de ano em si. A gente vai às ceias de Natal, às ceias de Ano Novo, mas o que pesa mesmo é o que fazemos durante o ano todo.”

Veja também

Newsletter