Setembro Dourado chama atenção para o câncer infantojuvenil
Campanha destaca a importância do diagnóstico precoce e do apoio às crianças e adolescentes em tratamento
O câncer em crianças é raro, mas exige atenção. Muitos tumores acometem bebês e crianças pequenas, enquanto outros aparecem na adolescência, com características diferentes das neoplasias de adultos.
A campanha Setembro Dourado tem como objetivo ampliar o debate público sobre os tipos de câncer que atingem crianças e adolescentes, incentivando o diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento adequado.
Embora raro, o câncer infantojuvenil é a principal causa de morte por doença entre crianças de 1 a 19 anos no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Os tipos mais comuns nessa faixa etária incluem leucemias, linfomas, tumores cerebrais e neuroblastomas.
Diferentemente dos adultos, o câncer em crianças costuma surgir sem causas ambientais aparentes e, em sua maioria, não está associado a histórico familiar. A detecção precoce é um dos fatores mais importantes para o sucesso do tratamento.
Nesta sexta-feira (26), Jota Batista, âncora da Rádio Folha 96,7 FM, conversou, no Canal Saúde, com a cirurgiã pediátrica, Luciana Lima. Ela falou sobre os sinais de alerta, os desafios do diagnóstico e a importância da conscientização sobre o tema
Acompanhe a entrevista através dos players abaixo
Sinais de alerta precisam ser observados com atenção. Na entrevista, a médica Luciana Lima explica que os sintomas, na maioria das vezes, são sutis, o que pode atrasar o diagnóstico:
“Os sinais iniciais são muito inespecíficos. Uma febre persistente, dor óssea, palidez, perda de peso ou manchas roxas pelo corpo podem ser confundidos com infecções comuns da infância. Por isso, é importante que pais e profissionais de saúde estejam atentos a qualquer sintoma persistente ou fora do comum.”
Cirurgiã pediátrica, Luciana LimaA cirurgiã também destacou que os tumores infantis têm comportamento distinto dos que acometem os adultos:
“Nas crianças, os cânceres geralmente são mais agressivos, mas também respondem melhor ao tratamento. O organismo infantil tolera melhor a quimioterapia e outras abordagens, o que permite maiores chances de cura se o diagnóstico for feito precocemente.”
Luciana Lima finalizou reforçando o papel das campanhas como o Setembro Dourado na informação e mobilização da sociedade:
“Não se trata de gerar pânico, mas de promover conhecimento. A informação salva vidas. Quanto mais cedo os sintomas forem reconhecidos, mais rápido o tratamento pode ser iniciado e maiores são as chances de cura.”
Setembro Dourado é um mês para lembrar que, mesmo raro, o câncer infantojuvenil precisa ser enfrentado com atenção, sensibilidade e informação. E que cada diagnóstico precoce representa uma oportunidade de esperança.

