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Sabores

Má alimentação está entre as causas da azia, diz nutricionista

Queimação é incômodo que recai sobre maioria dos brasileiros

 Prefeito de jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira. Prefeito de jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira. - Foto: Matheus Britto

 

Em tempos de comilança, há um mal que teima em aparecer pa­ra muitas pessoas. O termo médico ‘pirose’, que significa fogo e queimação, é a popular azia, em que o ácido so­be do estômago para o esô­fago, como se fosse chegar até a boca. Um incômodo silencioso que, segundo a Organização Mundial da Saú­de (OMS), atinge sem dó cerca de 20 milhões de brasileiros. Entre vários fatores agravantes, está o tipo de alimentação, muitas vezes pobre em nutrientes e rica em gordura.
De acordo com a nutricionista Milena Nascimento, vale lembrar que existe a azia ocasional, identificada logo após excessos de comida e bebida, e a síndrome de refluxo ácido, quando o incômodo é mais frequente. “O transtorno pode ser o resultado de um problema na válvula que separa o esôfago do estômago, fazendo com que haja ali a forte sensação de queimor”, explica. Nesse contexto, alimentos capazes de irritar o processo gástrico influenciam no mal estar. “São eles: alimentos ácidos, como algumas frutas cítricas, tomate, pimentão, temperos, chocolate e condimentos, além de alguns tipos de chás ricos em cafeína”, diz ela, que ainda fala da necessidade de evitar comer em grandes volumes, fracionando bem as refeições e consumir líquidos durante a ingestão.

Frituras, bolachas amanteigadas ou recheadas também reforçam o cardápio de risco. Segundo a nutricionis­ta Bárbara Luz, “isso acon­tece porque a gordura retarda o esvaziamento do estômago, então a demora em digerir a comida facilita o processo de queimação”. Ela ainda lembra da necessidade de investigar os fatores orgânicos, muitas vezes despercebidos pela própria automedicação. “As causas podem estar não só nos alimentos em geral, mas também em alterações orgânicas, como gastrite e presença da bactéria H pylori. Isso sem falar em doenças como a obesidade”, reforça. A orientação dos especialistas é procurar ajuda médica para que nenhuma doença seja mascarada, com a simples exclusão de alimentos. A­com­panhamento tão importante quanto a atenção de não comer e deitar logo em seguida, ingerir bebidas alcoólicas em excesso ou ter uma vida regada a estresse e falta de exercícios físicos.

 

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