Doriel Barros e Renato Antunes trocam farpas em sessão da Alepe
Petista acusa deputado do PL de manobra para evitar resposta; Antunes reage e exige retratação
As cotidianamente tranquilas sessões plenárias na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) foram interrompidas hoje por um embate acalorado entre os deputados Doriel Barros (PT) e Renato Antunes (PL). A discussão teve início em meio às homenagens de Doriel e João Paulo (PT) pelo aniversário de 45 anos do Partido dos Trabalhadores. Antunes, que discursou depois dos petistas, criticou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mencionando a alta dos alimentos como um reflexo da gestão petista.
Doriel Barros, presidente estadual do PT, pediu a palavra e acusou o parlamentar do PL de agir de maneira “covarde” ao mudar a ordem de inscrição para falar depois dele. Segundo o petista, a estratégia teria impedido uma resposta imediata às críticas dirigidas ao seu partido.
“De maneira covarde, pediu para falar depois de mim, justamente para fazer uma crítica ao Partido dos Trabalhadores, porque sabia que eu estava inscrito para falar depois. Esse é um tipo de atitude que não se espera num parlamento”, disse Doriel.
"De bom senso, com companheirismo, que esta Casa merece, cedi o espaço. Se eu soubesse que era para ele atacar o PT, como fez, eu não teria aberto o tempo de fala para ele. A partir de hoje, não cederei meu tempo de fala para o deputado que me antecedeu (Renato Antunes)", finalizou o petista.
Antunes rebateu, alegando que a troca na ordem das falas ocorreu porque precisou atender a um telefonema. O deputado afirmou que mantém suas posições independentemente do contexto e cobrou respeito ao seu pronunciamento.
“Isso é muito grave, deputado, chamar uma pessoa de covarde. Eu pedi para ser trocado porque fui atender um telefonema, porque o que eu falo na tua frente, eu falo na frente de qualquer um”, afirmou Renato Antunes.
Leia Também
• Deputados socialistas afirmam que Rodrigo Farias terá postura institucional na presidência da Alepe
• Alepe promove curso de capacitação para jovens parlamentares
• Rodrigo assume comando da Alepe em semana decisiva
O clima esquentou ainda mais quando Doriel insistiu na crítica, afirmando que não mais cederia seu tempo de fala ao colega. Antunes, por sua vez, exigiu retratação, argumentando que ser chamado de “covarde” ultrapassa os limites do debate político e parlamentar.
"Não bote um adjetivo na minha pessoa, que não vou aceitar. Não se chama um colega de covarde", disse Renato Antunes.
Após o embate, no microfone da Casa, os deputados ainda trocaram algumas palavras, com o dedo em riste, mas logo cada um seguiu para um lado, e a situação se amenizou.
Se você quer ficar por dentro de tudo que acontece na política do nosso Estado, clique aqui, cadastre-se e receba diariamente as atualizações do Blog da Folha no seu email.



