Lula dispara contra adversários e Donald Trump

Na passagem por Pernambuco, o presidente Lula (PT) não se furtou de falar sobre temas sensíveis ao governo como a tarifa imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros e o julgamento que pode levar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à prisão.

Na inauguração da fábrica de hemoderivados da Hemobrás, em Goiana, o presidente classificou a imposição da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros de “insensatez” e garantiu que vai ajudar as empresas e que quer ampliar o rol de parceiros comerciais internacionais para ocupar a lacuna deixada pelos Estados Unidos. “Não vamos ficar chorando porque ele (Trump) parou de comprar, não. Nós vamos tentar vender para China, para a Índia, para a Rússia, para a Alemanha, para qualquer lugar”, declarou o presidente. 

Lula também criticou as sanções anunciadas contra funcionários do Ministério da Saúde, Mozart Sales e Alberto Kleiman, responsáveis pela criação do programa Mais Médicos, que tiveram os vistos para os Estados Unidos cancelados. O presidente defendeu a relação com Cuba, de onde vinham os médicos do programa, e pediu o fim das sanções para o país.
“Os Estados Unidos fizeram uma guerra e perdeu. Aceita que perdeu e deixa os cubanos viverem em paz”, disparou Lula.

Mais tarde, em Brasília Teimosa, o chefe de estado voltou a falar da guerra tarifária, o presidente contestou as críticas dos americanos sobre a democracia brasileira. “Ele disse que no Brasil não tem democracia e não tem direitos humanos porque o (ex-presidente Jair) Bolsonaro (PL) está sendo julgado. Ele está sendo julgado porque tentou dar um golpe de Estado no dia 8 de janeiro”, enfatizou. 

Em relação ao deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, o gestor federal defendeu a cassação do mandato do parlamentar. "Vocês têm que pedir a cassação dele, porque ele está traindo o País. Essa é a verdadeira traição da pátria. Ele foi pra lá instigar os americanos contra nós", disse o petista.
 

Veja também