Na véspera do recesso, Alepe aprova projetos e empurra outras matérias para o segundo semestre

Em mais um momento de consenso entre os deputados estaduais diante do trancamento da pauta da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), foi aprovada pelo plenário, ontem, a abertura de crédito suplementar de mais de R$ 100,5 milhões para financiar as festividades de São João em 100 municípios do estado, além de reforçar as finanças do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE).

Conforme o PL nº 2994/2025, R$ 50 milhões irão para a Empetur; outros R$ 30 milhões, para a Fundarpe; e os R$ 20,5 milhões restantes, para o TCE.

Outra pauta de autoria do governo, a criação de cinco batalhões da Polícia Militar foi aprovada pelas Comissões de Justiça, Administração Pública e Segurança Pública pela manhã e no plenário da Alepe à tarde em duas votações.

O texto cria cinco unidades, sendo três Batalhões de Polícia Militar (BPMs): o 27º BPM em Goiana, na Mata Norte; o 28º BPM em Bezerros, no Agreste Central; e o 29º BPM em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Também institui dois Batalhões Integrados Especializados (Biesp): o 3º Biesp em Arcoverde, no Sertão do Moxotó; e o 4º Biesp em Barreiros, na Mata Sul.

As comissões da Alepe não voltam a se reunir até o fim do recesso parlamentar, que começa oficialmente no dia 30 deste mês. A reunião plenária de hoje deve ser a última do semestre, já que na semana que vem haverá o feriado de São João.

Deputados

Apesar da aprovação de matérias do governo estadual, o deputado estadual Antonio Moraes (PSDB) avalia que o semestre não foi satisfatório. Ele pediu que os palanques sejam desarmados e que prevaleça o bom senso.

“Embora nesses últimos dias do final desse semestre tenha evoluído um pouco o andamento dos projetos, com a proximidade das eleições do ano que vem, a tendência é o impasse se agravar. A gente espera que se desarmem os palanques e que se possa trabalhar para entregar um Pernambuco muito melhor e preparado”, desejou o deputado para o segundo semestre.

Já o líder da oposição, deputado Diogo Moraes (PSB), afirmou que o governo deveria ter um melhor planejamento. Ele avalia que no segundo semestre as discussões vão ficar mais acaloradas, mas afastou a disputa eleitoral como motivador do acirramento.

“A cada dia que passa o pleito eleitoral está mais próximo. As coisas ficam mais quentes, mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. A questão do empréstimo é uma, da (indicação do novo administrador de) Fernando de Noronha é outra, da suplementação é outra diferente. São questões administrativas. Então, à medida que você for andar no estado, você vai tendo discussões na área da política e na administrativa. Vai ficar acalorado, sim, mas não pela questão eleitoral, é pela administrativa”, declarou.

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