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“Não dá para politizar um tema que é técnico”, afirma João Campos sobre obras na Ponte Giratória

Prefeito do Recife rebateu críticas sobre o cronograma da obra e defendeu que intervenções estruturais devem seguir critérios de engenharia, não pressões políticas

Prefeito João Campos (PSB)Prefeito João Campos (PSB) - Felipe Ribeiro/Folha de Pernambuco

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), subiu o tom nesta sexta-feira (19) ao comentar as críticas que vem recebendo sobre a interdição e o ritmo das obras na Ponte Giratória, que liga os bairros do Recife e São José. Durante entrevista à Rádio Jornal, o gestor reafirmou o compromisso de entregar a estrutura até o Natal e enfatizou que as decisões tomadas pela prefeitura foram baseadas exclusivamente em critérios técnicos de segurança.

Engenheiro civil por formação, Campos utilizou uma analogia médica para questionar a validade das críticas políticas sobre o projeto. Segundo ele, questionar o método da obra sem embasamento técnico é como leigos tentarem prescrever tratamentos oncológicos a um paciente. 

"É como se você tivesse um paciente passando por um tratamento oncológico e chegassem três pessoas da política dizendo que a radioterapia está errada. Alguém estudou para isso?", questionou o prefeito.

Respaldo
Para validar a complexidade da intervenção, João Campos citou que o projeto conta com a consultoria de dois nomes da engenharia estrutural em Pernambuco, o professor Bernardo Horowitz da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o professor Carlos Calado da Universidade de Pernambuco (UPE). "São profissionais que formaram toda essa geração que está aí. Não dá para a gente politizar um tema que é técnico", reforçou.

O prefeito foi enfático ao declarar que a interdição, embora cause transtornos temporários ao trânsito e ao comércio local, foi necessária para evitar uma tragédia. João Campos afirmou que não cederia a pressões para manter a ponte aberta de forma irresponsável. "Se quisessem que eu tivesse deixado a ponte aberta e, ‘Deus o livre’, ela tivesse caído, aí teriam que eleger outra pessoa. Comigo é coisa séria, por mais que seja difícil", concluiu o gestor.
 

 
 

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