Dom, 14 de Dezembro

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Paulo Câmara evita entrar em 'rinha' com o Planalto

Governador Paulo Câmara (PSB)Governador Paulo Câmara (PSB) - Hélia Sheppa/SEI
Mesmo diante das recentes declarações críticas do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em relação aos gestores nordestinos, o governador Paulo Câmara (PSB) evitou repercutir as polêmicas e garantiu que não vai entrar "nessa rinha", mas que continua trabalhando para ajudar o País. "A gente tem trabalhado muito aqui. Não vamos entrar nessa rinha. Pelo contrário, nós vamos continuar trabalhando com muita celeridade, procurando ajudar o Brasil", disse o gestor pernambucano, em entrevista após reunião do Pacto Pela Vida, nesta quinta-feira (07).

"Eu acho que o momento que passa o Brasil de tanta instabilidade exige de todos nós capacidade de unir e declarações como as que o presidente vem reiterando não ajudam em nada esse processo, pelo contrário. Pernambuco tem buscado ajudar o Brasil e vamos continuar fazendo isso independente do que fala ou não o presidente", complementou Câmara.

Entre as suas declarações, no decorrer da última semana, Bolsonaro afirmou que os governadores nordestinos querem "dividir o País" e transformá-lo "em uma Cuba" e chegou a condicionar a liberação de recursos para a Região ao reconhecimento dos governadores. “Não vou negar nada para os estados, mas se eles (governadores) quiserem que realmente isso tudo seja atendido, eles vão ter que falar que estão trabalhando com o presidente Jair Bolsonaro. Caso contrário, eu não vou ter conversa com eles e vamos divulgar obras junto às prefeituras”, disse o presidente.

Aposentadorias

Ainda durante a entrevista, Paulo Câmara também falou sobre a proposta de Emenda à Constituição "paralela" à reforma da Previdência que cria novas regras previdenciárias para estados e municípios e deve ser apresentada no Senado, conforme acordo firmado entre os representantes das 27 unidades da federação, durante o Fórum Nacional dos Governadores, na última terça-feira. Paulo Câmara, inclusive, não foi ao encontro. A vice-governadora Luciana Santos (PCdoB) o representou na reunião, em Brasília.

"É uma discussão que vai começar ainda porque essa PEC paralela não existe formalmente. Então, vamos acompanhar. Não tem muito o que enfatizar ainda enquanto a discussão não avançar", ponderou Paulo. No entanto, ele ressaltou que está preocupado "com outros temas federativos" que estão em tramitação. "Muitos deles já podem ser votados no âmbito do Congresso, seja a cessão onerosa, seja a alteração do FPE, sejam questões relacionadas ao fundo social. São questões, ao nosso entender, que já podem também participar desse conjunto de discussões que são muito importantes para os estados e municípios e independem de PEC paralela ou não."

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