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Renato Antunes se alinha à Federação Israelita e critica João Paulo

Deputado do PL afirma que petista manipula tragédia em Gaza

Deputados estaduais Renato Antunes (PL) e João Campos (PT)Deputados estaduais Renato Antunes (PL) e João Campos (PT) - Fotos:: Divulgação

O deputado estadual Renato Antunes (PL) endossou integralmente a nota divulgada nessa quarta-feira (2) pela Federação Israelita de Pernambuco.

O texto foi uma resposta ao pronunciamento do deputado petista João Paulo (PT) na Assembleia Legislativa, em 27 de maio.

Renato Antunes acusou o ex-prefeito do Recife de praticar uma “covardia retórica” ao utilizar o termo genocídio para se referir ao conflito na Faixa de Gaza.

Segundo Antunes, a fala carrega um viés antissionista e distorce de forma ideológica a realidade do Oriente Médio.

A nota da Federação classifica como leviana a acusação de genocídio, argumentando que o uso impreciso do termo compromete a seriedade do debate público e ignora a complexidade da guerra contra o Hamas — grupo que, segundo o texto, governa Gaza desde 2007 com métodos autoritários e ações terroristas.

“É cruel e irresponsável usar essa expressão num contexto tão sensível. Isso alimenta ódio e mascara os verdadeiros responsáveis pela tragédia”, afirma Antunes.

O parlamentar também criticou o que chamou de “silêncio seletivo” de João Paulo em relação a outras crises humanitárias, como as da Síria, Ucrânia e Sudão. Para Renato, a indignação do petista segue uma lógica ideológica e seletiva:

“É mais um episódio da velha prática petista de manipular causas humanitárias conforme sua conveniência política”, disse.

Renato ressaltou que a nota da Federação não minimiza o sofrimento em Gaza, mas faz um apelo pela paz duradoura, com coexistência de dois Estados e segurança para todos os povos da região.

Segundo ele, esse é o caminho da “responsabilidade, da justiça e da paz — não o da retórica incendiária adotada pelo PT”.

Por fim, o deputado afirmou que temas sensíveis como esse exigem cuidado e responsabilidade:

“Isso é muito sério. A gente precisa entender que não há espaço para revisionismo, nem para discursos que reciclarem preconceitos históricos. A Assembleia não pode servir de palco para discursos que colocam a comunidade judaica em risco e estimulam o extremismo político disfarçado de solidariedade humanitária”, registrou.

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