Seg, 08 de Dezembro

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Assembleia Legislativa não dá nem um minuto de trégua à governadora Raquel Lyra

Casa não tem pressa para analisar projetos, como o do pedido de empréstimo e a sabatina de Noronha

Presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), e a governadora Raquel Lyra (PSD)Presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), e a governadora Raquel Lyra (PSD) - Jarbas Araújo/Alepe

Se desde 2023 a relação entre o governo de Pernambuco e a Assembleia Legislativa nunca foi um mar de rosas, complicou-se após o Executivo não abraçar o aumento de 2% sobre o orçamento, no montante destinado às emendas impositivas.

Não interessa se os secretários dizem não haver verba para aumentar de R$ 6 milhões para R$ 17,8 milhões o valor de cada parlamentar.

Semana passada, quando a PEC do deputado Alberto Feitosa chegou a plenário, não havia quórum.

O Executivo repetiu a manobra ontem, impedindo a votação de outro projeto, do ex-líder do governo Izaías Régis, derrubando a cláusula de barreira em concurso da segurança pública.

Também acabou não sendo votado o projeto que reajusta em 6% o salário dos servidores da Alepe, do Tribunal de Contas e do Ministério Público.

O presidente da Casa, Álvaro Porto, já avisou que vai colocar em pauta hoje e até quando houver quórum para ser avaliado.

Os deputados pretendem analisar as matérias no tempo da Casa. Não haverá urgência, por exemplo, para apreciar um novo empréstimo, de R$ 1,5 bilhão, enviado no começo de março.

Caminham no mesmo ritmo para agendar a sabatina do advogado Virgílio Oliveira, filho do deputado Waldemar Oliveira (Avante) e indicado para Fernando de Noronha.

Já se agarraram à Lei Orgânica da Ilha, que exige do gestor “notórios conhecimentos em matéria de administração pública”. Apostam que o candidato não tem.

O que tem são governistas reclamando do espaço para o Avante, das 104 vagas abertas para cargos no arquipélago e da nomeação do adjunto antes da sabatina com o titular.

A Alepe não vai dar um minuto de trégua à governadora Raquel Lyra.

Um observador no MDB
O presidente do MDB em Pernambuco e secretário de Relações Institucionais do Recife, Raul Henry, sugeriu ao presidente nacional, Baleia Rossi, que um observador acompanhe a eleição no estado para a executiva e o diretório. “Não quero que haja qualquer suspeita de manipulação de votos”, argumentou Henry. Baleia brincou e disse que ele mesmo virá. O pleito será no dia 24 de maio.

A lei maior
O presidente da Câmara de Vereadores de Olinda, Saulo Holanda, tentou impedir a presença da deputada Dani Portela na Casa. A parlamentar protestava contra o título de cidadão ao ex-presidente Jair Bolsonaro e argumentou que o regimento interno permite. Quem estava por perto ouviu do vereador: “Eu sou o regimento”.

Dois títulos
A vereadora Eugênia Lima (PT) foi a única que votou contra o Título de Cidadão Olindense para Bolsonaro. Houve 14 votos a favor. A Câmara aprovou o mesmo título para o prefeito do Recife e celebrou com a faixa “João Campos: o futuro de Pernambuco e do Brasil”.

Sucessão
A eleição para a presidência do PT em Pernambuco já tem pelo menos três candidatos: deputado Carlos Veras, prefeita Márcia Conrado e o dirigente Sérgio Goiana. À Rádio Folha, o atual presidente, Doriel Barros, defendeu a renovação e o nome de Veras.

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