Amigos se emocionam com homenagem a Chadwick Boseman, de 'Pantera Negra', na Calçada da Fama
Astro do cinema, que morreu aos 43 anos, em 2020, tem legado celebrado no conhecido endereço de Hollywood, nos Estados Unidos
A Calçada da Fama de Hollywood ganhou na última quinta-feira (20) uma estrela em homenagem a Chadwick Boseman, eternizado como o rei T'Challa no filme " Pantera Negra" (2018). Morto em 2020, aos 43 anos, o ator recebeu a 2.828ª estrela do local, numa cerimônia marcada por discursos emotivos e pela presença de familiares, amigos e colegas que celebraram o legado do artista.
A celebração foi recebida por Simone Ledward-Boseman, viúva do ator. Ela teve a acompanhada de familiares, amigos e colegas de Chadwick. Entre os presentes, estavam nomes de peso da indústria cinematográfica americana, como o CEO da Disney Bob Iger, o cochairman da Disney Entertainment Alan Bergman, o presidente do Marvel Studios Kevin Feige, o copresidente Louis D'Esposito e os colegas de elenco de "Pantera Negra" Letitia Wright e Michael B. Jordan, além da amiga, a também atriz Viola Davis.
O diretor Ryan Coogler, responsável pelo filme que transformou Boseman em ícone global, fez um dos discursos mais marcantes. Ele lembrou o primeiro encontro entre os dois e contou como o ator atravessou um saguão lotado de celebridades e jornalistas sem ser parado. "Perguntei como ele conseguiu passar por todo mundo", contou. "Ele sorriu e disse: 'Foi o Pantera'".
Coogler destacou ainda o compromisso e a generosidade de Boseman durante as filmagens. Segundo o diretor, mesmo já escalado como protagonista, o ator participou de todas as audições e callbacks, correndo pela cidade para ler cenas com outros candidatos e ajudando até o intérprete de T'Challa jovem. "Mesmo passando pelo que estava passando, ele fazia as próprias cenas de ação, ajudava nas leituras fora da câmera e estava sempre disponível. Era incrível", afirmou.
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Fora do set, como acrescentou Coogler, Boseman também se mostrava um "líder nato", incentivando talentos negros no cinema e apoiando sua universidade, a Howard University. "Ele inspirou atores no mundo inteiro. Estar perto dele era estar perto da grandeza", disse o diretor, comparando o impacto do ator ao de lendas do esporte como Michael Jordan e Wayne Gretzky.
A trajetória de Boseman no Universo Marvel começou em "Capitão América: guerra civil" (2016) e alcançou o auge com "Pantera Negra" (2018). O longa se tornou um fenômeno cultural global, levou Wakanda ao imaginário popular e rendeu sete indicações ao Oscar, incluindo a primeira de Melhor Filme para a Marvel. O ator — que morreu em decorrência de um câncer no cólon — também brilhou em papéis biográficos marcantes, como Jackie Robinson ("42 — A história de uma lenda"), James Brown ("Get opn up — A história de James Brown") e Thurgood Marshall ("Marshall").
No discurso de encerramento, Simone Ledward-Boseman celebrou a carreira e a memória do marido: "Chad, hoje reconhecemos uma vida inteira dedicada à arte. Seu talento e sua devoção estão eternizados. Você viveu com honra, caminhou na verdade. Era tão brilhante quanto generoso. Nós te amamos, sentimos sua falta e te agradecemos.

