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Música

Antonio Villeroy celebra vida e carreira com sequência de lançamentos fonográficos

Conhecido por emprestar seu vasto cancioneiro a vozes diversas da música nacional, artista gaúcho comemora vida e carreira com lançamentos em 2021

Antonio Villeroy, cantor, compositor e instrumentistasAntonio Villeroy, cantor, compositor e instrumentistas - Foto: Nilton

Até dezembro serão cinco álbuns completos, sendo dois deles ao vivo. “Não conheço nenhuma outra história semelhante de tantos lançamentos em um período tão curto, nem aqui nem no exterior”, gaba-se o cantor, compositor, instrumentista e produtor Antonio Villeroy, no auge da inteireza artística que celebra 40 anos de carreira na música em paralelo aos 60 anos de vida – completados em julho.

De “Diabaria”, composição sua em parceria com Bedeu, gravada ao vivo em 1998 e trazido em videoclipe em abril até “O Banquete”, disco de inéditas que chega em novembro, além do single em duo com a cantora italiana Mafalda Minnozzi com lançamento em dezembro, entre outros materiais já lançados, Villeroy fez florescer o mercado fonográfico de 2021, tomado por mais um ano pandêmico que, para ele, não foi entrave. “O que a pandemia alterou foi minha agenda de shows”, ressalta em conversa com a Folha de Pernambuco.

Conhecido em inúmeras vozes da música, autor de cancioneiros conhecidos nas vozes de Ana Carolina (“Garganta”, “Rosa”), Moska (“Amores Possíveis”) e Preta Gil (“Sinais de Fogo”), Antonio Villeroy festeja e com propriedade uma carreira pautada também por outras facetas além da de compositor que o tornou mais conhecido.



“Também estou como produtor, cantor e instrumentista nisso tudo, os lançamentos esse ano são todos feitos por mim. Estou em todas as fases do processo, inclusive no trato das questões de colocação no mercado, divulgação e marketing”, explica ele sobre os produtos que chegam pelo seu próprio selo (Pic Music), com distribuição da Nikita Music Digital.

Longe de ser um artista tido como “popular”, o gaúcho Antonio Villeroy se mantém constante no ofício de escrever e também dar voz às próprias canções. E, segundo o próprio, “A cada lançamento, mais pessoas reconhecem minhas qualidades de intérprete”.

E como intérprete de si mesmo, do que compõe, em um contraponto com o que faz a cantora Ana Carolina, das suas parcerias uma das mais constantes, Villeroy impõe leveza em letras como “Pra Rua me Levar”, conhecida na voz (nem tão leve assim) da artista mineira.

“Dizem que o compositor, geralmente, é o melhor intérprete de sua obra. Concordo com casos como Chico Buarque, que é gravado por muitos artistas, mas suas versões são para mim as melhores. Também já escutei isso a meu respeito. Mas deve ser coisa de fã”, ressalta.
 

 Com discografia que remonta ao início dos anos de 1990 e segue ativa e incrementada neste 2021, Antonio Villeroy vasculhou baús e encontrou projetos que estavam guardados.

“No caso de ‘Gravidade do Amor’, queria ter lançado antes, mas o diretor do vídeo, Renato Falcão, mora em Nova Iorque, trabalha na Fox, e engrena um trabalho depois do outro. Ele veio em 2016 para gravarmos esse show ao vivo, e só agora, no começo desse ano, com a pandemia, ele teve tempo de editar”, comentou sobre o DVD que conta com participação de Toninho Horta e outros nomes, e recentemente, em julho, veio à tona, integrando o pacote musical que tem sido entregue por ele. 

Sobre os (ainda) desejos que pairam em uma carreira artisticamente consolidada, Villeroy confessa que “gostaria de ser gravado por Shakira e Anitta”. E, além de Stevie Wonder, com quem tem o sonho de fincar parceria, entre os brasileiros que almeja compor junto estão Chico Buarque, Caetano e Milton Nascimento. “São artistas completos e foram algumas de minhas grandes influências”.

Ainda dentro do universo das aspirações, atuar em filme e enveredar pela fotografia são possibilidades. “Algumas (fotografias) são bem avaliadas no mercado de artes visuais, mas não tenho muito tempo para me dedicar”, conclui o aniversariante de vida e de carreira e que, sem falsa modéstia, se coloca à disposição da música (e da arte).

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