Estúdios Globo completam 30 anos com investimentos em tecnologia e aumento da capacidade de produção
Ao longo de três décadas, os cenários do Projac foram agregando os mais diversos tipos de produção, como programas de auditório, de humor, matinais, realities e filmes
Tecnologia, inovação e criatividade marcaram a trajetória dos Estúdios Globo, que celebram 30 anos de produção ativa a todo o vapor. Desde sua inauguração, em 1995, o complexo em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, tem sido palco de grandes de inúmeros projetos de entretenimento e dramaturgia – e agora, mais do que nunca, se prepara para os próximos capítulos dessa história.
Ao longo de três décadas, os cenários do Projac foram agregando os mais diversos tipos de produção. Vieram para os novos estúdios programas de auditório, de humor, matinais, realities e filmes. Em 2015, o novo nome, Estúdios Globo, chegou com o objetivo de refletir melhor seu papel principal: a criação e produção de conteúdo.
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“Nos preparamos para produzir conteúdo para as nossas plataformas, em todos os gêneros que elas quiserem, que elas precisarem. Para qualquer demanda do Globoplay, da TV Globo, dos canais pagos, dos portais de internet. Nós estamos produzindo a dramaturgia longa, curta, começamos a produzir microdramas para consumo no celular. Produzimos humor, musicais, auditório, reality, variedades, talk-show. Ampliamos a nossa diversidade de gêneros narrativos. Esse é o momento de expansão da diversidade de gêneros narrativos e da diversidade de formatos”, afirma Amauri Soares, diretor dos Estúdios Globo.
Os números dos Estúdios Globo são impressionantes. O maior complexo de produção da América Latina conta com 1,76 milhão de m² de área total e mais de 191 mil m² de área construída.
Atualmente, são 13 estúdios de gravação, três complexos de Cidades Cenográficas, fábrica de cenários e setores de efeitos especiais, de confecção, além do acervo de figurino e do centro de pós-produção, com 122 ilhas de edição.
“Esses são números de uma fábrica dos sonhos, mas para mim, é mais para um parque de diversões. A gente tem uma estrutura muito grande nos Estúdios. Ao longo desses 30 anos, vimos tudo crescer, estúdio por estúdio, módulo por módulo, e nesses anos de construção a gente criou um acervo, com 16 cidades cenográficas. São centenas de cenários, grandes estoques, grandes acervos de recursos para filmarmos. Esse é um grande ativo dos Estúdios, além do encontro de talentos, o ambiente de criatividade e inovação”, explica Lucas Zardo, produtor executivo de dramaturgia.
Por dia, mais de 12 mil pessoas circulam pelos Estúdios Globo, onde são produzidos por ano mais de 3.400 episódios de produções, 5.700 figurinos, 71 mil itens de artes, montados 307 mil m² de cenários nos estúdios e mais de 23 km² de área de cidades cenográficas construídas.
O maior estúdio fixo de produção virtual da América Latina foi inaugurado pela Globo no ano passado. Com mais de 1.500 m², em um espaço com mais de 300 m² de telas em LED, duas câmeras com tracking de alta precisão, que usam recursos de Inteligência Artificial e Realidade Aumentada. Foi projetado para atender tanto a produção de dramaturgia quanto a parceiros comerciais, passando pelos programas de entretenimento.
“Tem muita criatividade na equipe técnica e existe técnica nos criadores. Não são áreas separadas. Essa mistura é um dos segredos para a Globo produzir o conteúdo com alto padrão de qualidade. Temos uma obsessão por inovação e por qualidade. As ferramentas de tecnologia servem à imaginação dos criadores. Olhamos para fora e introduzimos as ferramentas antes mesmo de o mercado de televisão no Brasil estar preparado para elas”, aponta Marcelo Bossoni, que ocupa a função de diretor de tecnologia de produção de conteúdo.
Em 2019, a inauguração de três novos estúdios aumentou em mais de 50% a capacidade de produção audiovisual da Globo. Chamado de Módulo de Gravação 4 (MG4), o novo espaço ganhou investimento em alta tecnologia e ocupa uma área total de 26 mil m² – equivalente a quatro campos de futebol.
“Eu tenho mais de 30 anos de experiência com tevê. Vi nascer a TV digital, o HD, e, em breve, vou ver a TV 3.0. É tudo muito emocionante. Imaginar que no processo de fazer o audiovisual, a gente desafia a tecnologia e a tecnologia nos desafia. A cada etapa, a tecnologia e a linguagem foram se transformando juntas”, valoriza Luiz Henrique Rios, diretor artístico de “Três Graças”, próxima novela das nove.

