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TEATRO

"Hélio, o balão que não consegue voar" encerra Festival Pintando o 7

O espetáculo, voltado para todas as idades, propõe uma reflexão sensível sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), tocando corações e despertando consciência por meio da arte

 "Hélio, o balão que não consegue voar" encerra o Festival Pintando o 7 neste fim de semana "Hélio, o balão que não consegue voar" encerra o Festival Pintando o 7 neste fim de semana - Foto: Ricardo Maciel/Divulgação

A 8ª edição do Festival Pintando o 7 se despede do público neste fim de semana, com o espetáculo “Hélio, o balão que não consegue voar”. A montagem pernambucana encerra a programação com apresentações nesta sexta-feira (18), sábado (19) e domingo (20), sempre às 16h, no Teatro da Caixa Cultural Recife, no Bairro do Recife, na área central da cidade.

O espetáculo, voltado para todas as idades, propõe uma reflexão sensível sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), tocando corações e despertando consciência por meio da arte. Os ingressos para o espetáculo custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada) e podem ser adquiridos através do Sympla.

Hélio, o balão que não consegue voar
Escrito por Cleyton Cabral, vencedor do Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia 2019, o texto é encenado pela primeira vez, com direção de Marcondes Lima, e narra a história de Hélio, um balão diagnosticado com TEA que mora em uma loja de festas e não consegue voar.

A partir dessa metáfora sensível, o espetáculo convida o público a refletir sobre inclusão, aceitação das diferenças e o direito de cada um existir à sua maneira. A peça já passou por escolas, bibliotecas comunitárias e instituições de apoio, construindo um diálogo com diferentes públicos. 


“Queremos incentivar o pensamento crítico e a reflexão nos espectadores, para que eles conheçam os sintomas do autismo e se tornem possíveis agentes de transformação”, destaca Cleyton Cabral, que também atua na montagem ao lado de Fábio Caio e Luciana Barbosa.

Segundo o autor, a ausência de campanhas de conscientização ainda contribui para o desconhecimento dos sinais do TEA, o que compromete o diagnóstico precoce e a qualidade de vida das pessoas autistas.

Conscientização para o diagnóstico
Os dados mais recentes reforçam a relevância do tema. O Censo Escolar de 2023 registrou um aumento de 50% no número de crianças com TEA matriculadas em salas comuns, passando de 405 mil para mais de 607 mil estudantes.

  • Vencedor do Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia 2019, o texto é encenado pela primeira vez, com direção de Marcondes Lima. Foto: Ricardo Maciel.
    Vencedor do Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia 2019, o texto é encenado pela primeira vez, com direção de Marcondes Lima. Foto: Ricardo Maciel.
  • Vencedor do Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia 2019, o texto é encenado pela primeira vez, com direção de Marcondes Lima. Foto: Ricardo Maciel.
    Vencedor do Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia 2019, o texto é encenado pela primeira vez, com direção de Marcondes Lima. Foto: Ricardo Maciel.

Apesar do avanço na inclusão escolar, muitos enfrentam desafios relacionados à adaptação e bullying, tornando essencial o debate sobre acolhimento e suporte efetivo.

Pintando o 7
Desde 2017, o Festival Pintando o 7 trabalha com o propósito de promover acesso à cultura de qualidade, com espetáculos que valorizam a infância, a diversidade e o diálogo com temas sociais atuais.

Com uma programação diversa, o festival se despede com a certeza de que o teatro continua sendo uma ferramenta poderosa de conexão, escuta e inclusão.

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