Sepultura se despede do público pernambucano com show no Classic Hall
Turnê "Celebrating Life Trough Death" comemora os 40 anos da banda de heavy metal e prepara o encerramento de suas atividades
A banda de heavy metal mais importante do Brasil e uma das mais relevantes do mundo está se despedindo dos palcos.
Quatro décadas de altíssimos decibéis fazem parte da história do Sepultura, que traz a turnê “Celebrating Life Through Death” a Pernambuco, com show neste sábado (14), a partir das 20h, no Classic Hall, em Olinda. Quem abre a noite é outra banda tão pesada quanto: Ratos de Porão.
A turnê global seguirá até 2026 e, além de uma despedida, celebra os 40 anos da banda formada em 1984, em Minas Gerais, e que inseriu o nome do Brasil no circuito mundial do heavy metal.
O Sepultura irá percorrer diversas cidades do Brasil e Estados Unidos, além de países da América Latina e Europa.
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Pelo mundo
Sepultura já tocou em mais de 80 países mundo afora. Nesta turnê, pretendem desbravar ainda mais territórios.
“Temos dois anos pela frente para tocar em todos os lugares possíveis ou em lugares que a gente nunca foi”, conta Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, em entrevista exclusiva para a Folha de Pernambuco. Entre esses lugares, estão, por exemplo, Islândia, Alaska, Malásia.
Para 2025, o guitarrista destaca alguns shows importantes: eles estarão no “70000Tons of Metal 2025”, navio de cruzeiro que sai de Miami (Estados Unidos) até Ocho Rios (Jamaica); também se apresentarão no Lollapalooza Brasil, Argentina e Chile; e terão alguns shows na Guatemala e em Honduras.
Turnê
No Classic Hall, o Sepultura tocará com sua formação atual: Andreas Kisser (guitarra), Paulo Jr. (baixo), Derrick Green (vocais) e Greyson Nekrutman (bateria). Clássicos da banda estão previstos no setlist: “Refuse/Resist”, "Attitude", "Kairos""Troops of Doom", "Ratamahatta" e a antológica "Roots Bloody Roots".
Uma trajetória de muita solidez e respeito no mundo da música, mas, também, com altos e baixos: o principal deles foi a saída do primeiro vocalista do Sepultura, Max Cavalera, em 1996, de forma tensa, que envolveu sua esposa, em uma mistura indigesta de vida pessoal e profissional.
Outro momento de grande impacto, mais particularmente para Andreas, foi o falecimento da sua esposa, a produtora e empresária Patrícia Perissinoto, em julho de 2022. O nome da tour – em português, “Celebrando a Vida Através da Morte” – não é à toa.
“A turnê tem muito a ver com isso. A partir do momento que você respeita a finitude e encara a morte como uma coisa inevitável (...) como você vai ter medo de uma coisa que não tem outro jeito? A gente respeita a finitude e vive o presente muito mais intensamente. Você não vai deixar pra amanhã pra fazer as coisas, dar um abraço no seu filho, falar ‘Eu te amo’ ou resolver problemas familiares. É no hoje, é no presente que acontecem as coisas”, declara.
Pernambuco
Em meio a uma carreira internacional bastante consolidada, ao longo desses 40 anos, Sepultura não esteve tantas vezes assim em Pernambuco. A primeira vez foi em 1987, em Caruaru, no Agreste.
“Já tocamos no Recife algumas vezes, nos anos 1990; tocamos no Abril Pro Rock também, nos festivais”, relembra Andreas Kisser. Outro show memorável foi em 2009, quando a banda se apresentou no Marco Zero do Recife, durante a Feira Música Brasil daquele ano.
Segundo Andreas, o elo entre Sepultura e Recife/Pernambuco é a relação de amizade com Chico Science & Nação Zumbi.
“Chico e a Nação foram, e são até hoje, uma influência na nossa música, e vice-versa. A gente tem essa troca de influências. Pernambuco tem uma história muito linda com o Sepultura e obviamente não poderia faltar nessa celebração”, arremata Andreas.
SERVIÇO
Sepultura “Celebrating Life Through Death”
Abertura com Ratos de Porão
Quando: Sábado (14), a partir das 20h
Onde: Classic Hall - Av. Governador Agamenon Magalhães, s/n, Salgadinho - Olinda-PE
Ingressos: a partir de R$ 140, à venda na bilheteira do Classic Hall, nas lojas Esposende e online pelo site Bilheteria Digital