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Sidney Magal volta aos cinemas como protagonista em comédia
Produção é uma releitura moderna da história d’A Cigarra e A Formiga
“Magal cantando música romântica? Não, não, Magal tem é que rebolar!”. O comentário foi ouvido pelo cantor Sidney Magal nos anos 1980, e é relembrado até hoje pelo artista. Pois Magal não só rebolou, com seu vozeirão característico, como cantou música romântica, foi ator, dublador, emplacou trilha de novela e garante ainda ter pique para muito mais. Mas de todas as facetas do artista, a de astro do cinema é a que ele retoma a partir desta quinta-feira, com a estreia de “Magal e os Formigas” nos cinemas de todo o País.
A comédia marca o retorno de Sidney Magal, 63 anos de idade, como protagonista de uma produção 37 anos após “Amante Latino” (1979), e quase 40 anos após explodir nas rádios do Brasil inteiro com a cigana “Sandra Rosa Madalena”.
Dirigido pelo paulista Newton Canitto, a produção é uma releitura moderna da história d’A Cigarra e A Formiga, com um diferencial. Enquanto na história original, a cigarra aprendia que era necessário trabalhar duro para se manter durante os longos invernos, desta vez, a “cigarra” ou “anjo” Magal desce à Terra para ensinar um trabalhador (Norival Rizzo) que tirar um tempo e curtir a vida é tão importante quanto a labuta.
“O Newton chegou pra mim com o roteiro, e é uma coisa bem autobiográfica, muito do que está na tela foi inspirado no que a família dele passou, especialmente o pai, que era operário. Ele me contou que a irmã dele adorava ouvir meus discos, então ele já chegou comigo em mente para o papel, foi uma coisa natural”, conta Magal.
Mesmo tecnicamente “longe” das telonas por mais de três décadas, o retorno a um personagem de destaque foi tranquilo. “O Magal em cena tem essa luz irradiando, ele deixa o clima mais leve”, afirma o diretor, Newton Cannito.
Para ficar compatível com os outros compromissos do cantor, todas as cenas de Magal no filme foram produzidas em cerca de duas semanas, a maioria gravada em estúdio. O elenco do filme conta ainda com Mel Lisboa, Zecarlos Machado e Nicolas Trevijano.
Em entrevista à Folha de Pernambuco, Sidney Magal também revela empolgação pelas comemorações dos 50 anos de carreira, mesmo que seu primeiro disco com o nome artístico tendo saído apenas em 1977.
“Vamos ter um grande show, que deve ser realizado no Ibirapuera, e certamente vamos lançar esse registro em DVD. Vai ter livro, outro filme sobre meu romance com minha esposa, que está comigo desde o início de tudo. Exposição de fotos... Quero que seja uma grande festa o ano inteiro. Tem ainda uma surpresa que eu não posso revelar mas que vai ser bem legal, e deve sair em 2018”, adianta.
“Vamos ter um grande show, que deve ser realizado no Ibirapuera, e certamente vamos lançar esse registro em DVD. Vai ter livro, outro filme sobre meu romance com minha esposa, que está comigo desde o início de tudo. Exposição de fotos... Quero que seja uma grande festa o ano inteiro. Tem ainda uma surpresa que eu não posso revelar mas que vai ser bem legal, e deve sair em 2018”, adianta.
O lançamento do filme próximo ao Natal não foi coincidência. Newton, o diretor, afirma que é, acima de tudo, um filme família, para agradar tanto os avós como os adolescentes, e cita, como influência, clássicos como “A Felicidade Não Se Compra”, de Frank Capra.
O bom humor característico fica explícito não só nas obras de Magal na tela, como também na sua personalidade. “Eu sou assim, bicho. Acho que a vida tem que ter leveza. Eu só entro em um projeto se for para me divertir, é assim que gosto de trabalhar”, afirma, com segurança, o artista.

