Ações do BTG disparam após resultados; banco se torna 4ª empresa mais valiosa da Bolsa
Banco de André Esteves superou Ambev em valor de mercado; ROAE alcançou 27,1%, marca expressiva para o setor bancário
As ações do BTG Pactual (BPAC11) subiam firme nos negócios desta terça-feira, após reportar um resultado robusto no segundo trimestre de 2025. O papel subia, às 11h45, 9,3%, aos R$ 43,74, alcançando um valor recorde para o papel.
O ROAE (Retorno sobre patrimônio médio, indicador que mede o desempenho com base no patrimônio líquido médio) alcançou 27,1%, expressivo para o setor bancário. A receita do banco liderado por André Esteves foi de R$ 8,3 bilhões no período, uma alta de 38% na comparação com o 2º trimestre de 2024.
O lucro líquido do trimestre também atingiu um recorde, subindo 42%, aos R$ 4,2 bilhões, com a entrada de R$ 59 bilhões em novas captações (net new money). Com a captação, o banco alcançou a marca de R$ 2,15 trilhões em ativos sob gestão.
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Com o resultado e o avanço do papel no pregão desta terça-feira, o banco caminhava para alcançar os R$ 200 bilhões em valor de mercado. Ao meio-dia, o banco valia R$ 196,4 bi, alcançando o posto de quarta empresa mais valiosa do índice, superando a Ambev, aos R$ 195,9 bi.
Para o Citi, que possui recomendação de compra para o papel, o lucro foi 14% acima das estimativas do banco americano, apresentando “um trimestre recorde em receita e lucratividade, impulsionado por melhorias consistentes em diversas áreas”, diz o analista Gustavo Schroden. Os resultados, ele diz, demonstram a capacidade do BTG de entender e navegar pelas condições de mercado, que não são ideais.
Na visão de Rafael Reis, do Banco do Brasil Investimentos, o resultado é fruto de um crescimento orgânico e inorgânico do banco, que não dá sinais de arrefecimento do bom momento ao qual o banco “surfa há anos”, diz em relatório:
“Apesar do ambiente monetário restritivo o BTG deve continuar capturando ganhos de sinergia em sua estrutura de receitas diversificadas enquanto segue ampliando sua bandeira e atuação a nível global”, diz o analista, associando às recentes compras do HSBC Uruguai e das operações do suíço Julius Baer no Brasil.

