Alimentação cara em aeroporto permite ter menor tarifa aeroportuária do mundo, segundo a Anac
Receitas dos aeroportos brasileiros são compostas por cerca de 60% das receitas comerciais e 40% referentes à outorga, segundo agência
Ponto de crítica entre muitos viajantes, o preço dos serviços de alimentação nos aeroportos brasileiros permite que a tarifa aeroportuária, ou seja, os valores pagos aos operadores pela utilização da infraestrutura, seja o menor do mundo.
A defesa foi feita pelo diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Tiago Sousa Pereira.
"A boa prestação de serviços depende da receita tarifária (regulada pela Anac) e não tarifária. As receitas comerciais, que não são reguladas, têm uma participação importante para o operador da concessão e são elas que permitem que a nossa tarifa aeroportuária seja a menor do mundo", afirmou durante painel no evento Regulation Week FGV.
Leia também
• Aeroporto de Fernando de Noronha é iluminado por faróis de carros durante resgate aéreo
• 12 aeroportos brasileiros estão entre os mais pontuais do mundo em ranking internacional
• Silvio Costa Filho anuncia aumento de passageiros com investimentos em aeroportos de Pernambuco
Na tarifa aeroportuária estão incluídas as tarifas de embarque (única paga pelo passageiro), conexão, pouso, permanência, armazenagem da carga importada e exportada e a movimentação de cargas.
Estimativas da Anac apontam que as receitas dos aeroportos brasileiros são compostas por cerca de 55% e 60% das receitas comerciais e entre 40% a 45% referentes à outorga.
"Nas concessões de rodovias, 99% das tarifas são pagas pelo morador daquela cidade que usa todo dia a rodovia", apontou.

