Americanas adia divulgação de resultados de janeiro a setembro de 2023 mais uma vez

A Americanas adiou a divulgação de seus resultados trimestrais de janeiro a setembro de 2023 para o próximo dia 26 de fevereiro, antes da abertura do mercado, segundo comunicado divulgado pela companhia mais de 30 minutos após o horário para o qual estava previsto o anúncio desses balanços na noite desta segunda-feira.

A companhia afirma que, apesar do trabalho de elaboração dos resultados "já estar finalizado e dos procedimentos de auditoria terem sido substancialmente concluídos, ainda não foi possível cumprir todo o rito interno de aprovação previsto na governança" da varejista.

Em meados de novembro, a Americanas divulgou, depois de sucessivas postergações, os balanços revisados de 2021 e 2022. Somados, eles mostraram uma perda de quase R$ 20 bilhões no período.

O resultado de 2021, que antes fora de um lucro líquido de R$ 544 milhões, foi ajustado para um prejuízo de R$ 6,2 bilhões. No ano seguinte, o resultado ficou negativo em R$ 12,9 bilhões, o maior prejuízo da história da companhia.

Em janeiro de 2023, o então CEO da Americanas, Sergio Rial, renunciou após nove dias no cargo, após revelar uma inconsistência contábil superior a R$ 20 bilhões nos em balanços da companhia. Num par de semanas e com um endividamento de R$ 40 bilhões, a varejista entrou em recuperação judicial.

Essa primeira parte dos balanços era exigência para que o plano de recuperação fosse votado em assembleia de credores. A proposta da companhia foi aprovada pouco antes do Natal, prevendo um aumento de capital no valor de R$ 24 bilhões a ser feito pelos acionistas de referência — Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles — e credores financeiros.

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