Apagão na madrugada atingiu todos os estados do país; veja mais afetados
Situação começou por conta de incêndio em subestação no Paraná
O apagão na madrugada desta terça-feira afetou todos os estados do país e o Distrito Federal, de acordo com executivos e técnicos do setor elétrico.
Dez estados foram os mais atingidos.
No total, foram cortados 10 gigawatts (GW) de energia, o equivalente a cerca de 12,8% de tudo que era consumido naquele momento no país.
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São Paulo foi o estado mais atingido, com corte de 2,6 GW. Os estados mais atingidos foram:
São Paulo: 2,6 GW
Minas Gerais: 1,2 GW
Rio de Janeiro: 0,9 GW
Paraná: 0,9 GW
Goiás: 0,4 GW
Pará: 0,4 GW
Bahia: 0,4 GW
Pernambuco: 0,3 GW
Rio Grande do Sul: 0,3 GW
Santa Catarina: 0,2 GW
Nos demais estados, o impacto foi menor.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) enviou ofícios às empresas envolvidas para esclarecer a interrupção no fornecimento de energia, registrada às 0h32 desta terça-feira. A agência informou que realizará ainda nesta terça-feira uma inspeção in loco na subestação Bateias, no Paraná, para apurar as causas do incidente.
A falha afetou milhões de consumidores, incluindo 937 mil em São Paulo e 450 mil no Rio de Janeiro, e durou entre oito minutos e uma hora, dependendo da região.
O Operador Nacional do Sistema (ONS) apontou que a causa provável do apagão teria sido um incêndio na subestação Bateias, localizada no Paraná.
Além da inspeção, a agência vai instaurar processos de fiscalização para definir responsabilidades dos agentes envolvidos.
Segundo dados do ONS, as regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste tiveram o fornecimento restabelecido em até 1h30, enquanto a região Sul retornou à normalidade 2h30 após o início da interrupção.
Governo realiza reunião para apurar apagão
Representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Aneel se reuniram para analisar o apagão que atingiu ao menos nove estados e o Distrito Federal na madrugada desta terça.
O ministro Alexandre Silveira afirmou que o problema está ligado à infraestrutura de transmissão e não à falta de energia. As causas do incêndio ainda estão sendo investigadas pelo MME e pelo ONS.
O ONS informou que realizará reuniões preliminares para elaborar o Relatório de Análise da Perturbação e acompanhar a recuperação do sistema.

