Seg, 29 de Dezembro

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Azul alcança acordo com credores em apoio a plano de recuperação da companhia

Detentores de títulos sem garantia se comprometem em apoiar reestruturação

Avião da Azul Linhas AéreasAvião da Azul Linhas Aéreas - Foto: Divulgação

A Azul Linhas Aéreas chegou a um acordo com o comitê que representa os credores quirografários da companhia, ou seja, aqueles que detêm títulos sem garantia. Eles irão apoiar o plano de recuperação da companhia no âmbito de sua reestruturação via Chapter 11, em processo na Justiça dos Estados Unidos.

Após a conclusão do processo de reestruturação, esses credores poderão optar por receber fatia proporcional em dinheiro no valor de até US$ 20 milhões ou participar do fundo GUC, criado especificamente para compensar esses credores sem garantias.

A opção pelo fundo fiduciário propõe o pagamento a esses credores por meio de ativos e de ganhos futuros que a empresa estima ter depois de sair do plano de recuperação judicial.

Há três formas desenhadas pela Azul para contribuir para esse fundo. A primeira dela é um bônus para subscrição de até 5,5% do capital social, após a companhia atingir US$ 3,8 bilhões em valor de mercado. Outra são pagamentos anuais de até US$ 6,5 milhões condicionados a Azul alcançar metas financeiras pré-estabelecidas em 2027, 2028 e 2029. E, por fim, aportes entre US$2,5 milhões e US$5 milhões pagar despesas administrativas e do agente fiduciário.

“Continuamos avançando em nosso processo de reestruturação com o apoio de nossos principais stakeholders, incluindo nossos credores quirografários, com os quais chegamos a um acordo após negociações construtivas”, afirmou o diretor-presidente da Azul, John Rodgerson, em comunicado por e-mail, segundo a Bloomberg.

Em maio, quando pediu para ingressar no Chapter 11 nos EUA, a Azul somava mais de R$ 2 bilhões em dívidas. Na ocasião, a empresa informou que reduziria sua frota em 35%. No fim de março, tinha 184 aviões.

O comitê incentivará todos os credores quirografários a votarem a favor do plano assim que ele for aprovado por um tribunal de Nova York, disse a Azul. O comunicado não detalhou os termos do acordo, embora a empresa tenha informado que apresentou petições revisadas ao tribunal com base no entendimento alcançado.

O tribunal realizará uma audiência na segunda-feira para aprovar os termos do acordo.

“Uma vez aprovado, o Documento de Divulgação será distribuído aos credores juntamente com o Plano de Reorganização da Companhia, que será analisado e votado pelos credores”, afirmou a Azul.

A empresa disse que espera sair do processo de falência já no início de 2026.

*Com agências internacionais

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