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BC cria ferramenta para bloquear abertura de contas e tenta frear avanço de fraudes de identidade

Ferramenta exige ativação pelo próprio consumidor e funciona como trava adicional de segurança

BC cria ferramenta para bloquear abertura de contas e tenta frear avanço de fraudes de identidadeBC cria ferramenta para bloquear abertura de contas e tenta frear avanço de fraudes de identidade - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Banco Central (BC) lança nesta segunda-feira um sistema que permite que pessoas e empresas bloqueiem a abertura de contas bancárias em seus nomes. A ferramenta, chamada de BC Protege+, foi criada como resposta ao aumento de fraudes em que golpistas usam dados pessoais para criar contas e contratar serviços financeiros sem autorização da vítima.

O recurso funciona da seguinte maneira: se o consumidor ativar a proteção, bancos e outras instituições financeiras ficam impedidos de abrir uma conta vinculada ao CPF ou CNPJ informado. A regra vale para conta-corrente, poupança e contas de pagamento pré-pagas — inclusive em instituições onde o cliente já é correntista.

O mecanismo chega num momento em que se multiplicam relatos de contas abertas sem consentimento, impulsionadas por vazamentos de dados, golpes digitais e falsificação de documentos.

Como o sistema funciona
Para acessar o Protege+, o usuário precisa entrar na área logada do Meu BC, usando uma conta gov.br de nível prata ou ouro. A ativação é imediata. Depois disso, toda vez que um banco tentar abrir uma nova conta, será obrigado a consultar o sistema antes de concluir o processo.

Se a proteção estiver ligada, a instituição deve recusar a abertura e notificar o consumidor. Caso o próprio usuário queira abrir uma conta, basta desativar o bloqueio — e é possível estabelecer uma data para que a proteção volte sozinha.

O sistema também irá mostrar um histórico das consultas feitas por bancos ao CPF ou CNPJ do usuário, o que permite acompanhar tentativas de abertura e verificar se houve ação suspeita.

Empresas também podem usar
No caso de empresas, a proteção pode ser acionada pelo sócio, representante legal ou colaborador cadastrado no gov.br. Para que uma conta empresarial seja aberta, todos os responsáveis precisam estar com a proteção de seus CPFs desativada.

Medida não elimina riscos
Embora útil para evitar aberturas indevidas, o BC informa que o Protege+ não substitui as verificações que já são obrigatórias. As instituições continuam responsáveis por confirmar a identidade dos clientes, checar documentos e cumprir as normas de segurança previstas na legislação.

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