Bolsas de NY fecham sem sinal único, com tarifas, CPI, noticiário corporativo e balanços
Além disso, o dia contou com a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de junho nos Estados Unidos
As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único nesta terça-feira, 15, em sessão que seguiu atenta às negociações tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas que contou também com um noticiário corporativo intenso, incluindo informações que impulsionaram a Nvidia e com o começo da temporada de balanços. Além disso, o dia contou com a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de junho nos Estados Unidos.
O Dow Jones fechou em queda de 0,98%, aos 44.023,29 pontos. O S&P 500 caiu 0,40%, nos 6.243,76 pontos e o Nasdaq terminou o dia com ganho de 0,18%, aos 20.677,80 pontos, nova máxima histórica de fechamento.
Nesta manhã, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que o governo americano não irá apressar as negociações comerciais com outros países por conta de "algum deadline do mercado". "Essa obsessão de focar nos mercados não é certa", disse, ao reiterar a ameaça de que caso os países não ofereçam bons negócios, "as tarifas podem voltar".
Já o CPI mostrou sinais limitados de qualquer impacto tarifário, mas a Capital Economics continua pensando que uma recuperação da inflação segue um obstáculo para os mercados de ações dos EUA neste ano. Para as ações, a calmaria nos mercados de Treasuries provavelmente contribuiu para a alta do S&P 500 ao longo desses meses, mesmo que apenas abrindo caminho para que outros fatores impulsionassem as ações.
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"Esses fatores incluem uma recuperação no setor de tecnologia, impulsionada hoje pela notícia de que a Nvidia e a AMD poderão retomar as vendas de chips para a China. E, apesar do início misto da última temporada de resultados hoje, os papéis foram impulsionados por uma recuperação nas expectativas de lucros em todo o mercado de ações dos EUA nos últimos meses", aponta a consultoria. A Nvidia subiu 4,04% e a AMD avançou 6,41%.
Nos balanços, a ação da Black Rock perdeu 5,88%, apesar de agradar com os resultados, enquanto a do Wells Fargo recuou 5,48%, com decepção na receita de juro, a do JPMorgan caiu 0,74%,s ainda com o alerta do CEO Jamie Dimon sobre riscos futuros, e a do Citigroup avançou 3,73%, após superar previsões de lucro.
A Boeing caiu 0,22%, mesmo após Trump informar que um acordo comercial com a Indonésia prevê a compra de 50 jatos da fabricante de aeronaves americana, "muitos deles" do modelo 777. Já o órgão regulador da aviação da Índia ordenou que as aéreas que operam vários modelos da Boeing vistoriem os interruptores de controle de combustível, dias depois que uma investigação sobre o acidente do avião da Air India no mês passado descobriu que eles estavam desligados, deixando os dois motores sem combustível.
A ação da MP Materials saltou 20,02% após a Apple (+0,23%) assumir um compromisso de US$ 500 milhões para comprar ímãs de terras raras da principal unidade da empresa em Fort Worth, Texas.

