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RECEITA FEDERAL

Brasil arrecada R$ 208 bilhões em agosto, mas receita cai na comparação com 2024

Apesar da baixa mensal, arrecadação acumulada do ano cresce e registra recorde histórico

Pacote de contingência a tarifaço prevê limite de R$ 5 bi para Reintegra.Pacote de contingência a tarifaço prevê limite de R$ 5 bi para Reintegra. - Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo

O governo federal arrecadou R$ 208,79 bilhões em agosto de 2025, segundo dados divulgados nesta terça-feira (23) pela Receita Federal. Apesar de ser a segunda maior arrecadação nominal já registrada para um mês de agosto, o valor foi 1,5% menor do que os R$ 211.966 bilhões arrecadados em agosto de 2024, já corrigidos pela inflação.

Parte da queda está ligada a fatores não recorrentes, como a calamidade no Rio Grande do Sul, segue provocando reflexos em 2025 e, sozinha, causou um impacto negativo de R$ 3,6 bilhões na arrecadação do mês passado.

Por que a arrecadação caiu em agosto?
Além dos fatores não recorrentes, alguns impostos tiveram desempenhos distintos:

IRPJ e CSLL (impostos sobre o lucro das empresas): recuaram 8,3%, principalmente devido à menor arrecadação do balanço trimestral das empresas.

Importações: impostos sobre produtos importados, como Imposto de Importação e IPI, caíram 9,1%, reflexo da queda de 8,4% no valor das importações em dólar.

Indicadores econômicos também influenciaram a arrecadação: a produção industrial caiu 0,9% e as vendas de produtos diminuíram 2,5%, enquanto vendas de serviços cresceram 2,8% e a massa salarial nominal subiu 8,3%.

Acumulado do ano
De janeiro a agosto de 2025, a arrecadação federal totalizou R$ 1,905 trilhão, o maior valor para o período, um crescimento real de 3,7% em relação aos R$ 1,837 trilhão arrecadados no mesmo período de 2024.

A arrecadação administrada pela Receita Federal nesse período foi de R$ 1,822 trilhão, mas diversos fatores não recorrentes impactaram os números:

Calamidade no Rio Grande do Sul: diferença negativa de R$ 3,7 bilhões.

IRPJ/CSLL atípicos: R$ 1 bilhão a menos em 2025.

IRRF – Rendimentos de Capital (Tributação de Fundos Exclusivos): diferença negativa de R$ 13 bilhões.

Desonerações tributárias: redução de R$ 1,688 bilhão no total, incluindo a desoneração da folha de salários (R$ 3,146 bilhões a menos) e a desoneração de combustíveis PIS/Cofins, presente em 2024, que não aparece em 2025 (R$ 2 bilhões).

Arrecadação do IOF: aumento impulsionado por alterações na legislação, incluindo os Decretos nº 12.467/25 e nº 12.499/25.

O Simples Nacional, tributo pago por micro e pequenas empresas, arrecadou R$ 135,6 bilhões no acumulado do ano, com R$ 17,7 bilhões em agosto, aumento de 2,2% na comparação anual.

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