Brasil registra déficit de US$ 5,1 bilhões nas contas externas em junho
Em junho do ano passado foi registrado resultado negativo de US$ 3,4 bilhões
O Brasil registrou um déficit de US$ 5,1 bilhões em transações correntes no balanço de pagamentos em junho de 2025. Houve um aumento de 37% na comparação com o déficit de US$ 3,4 bilhões registrado no mesmo mês do ano passado.
Enquanto isso, no acumulado de 12 meses até junho de 2025, as contas externas acumularam um resultado negativo de US$ 71,4 bilhões.
O dado foi divulgado no relatório "Estatísticas do setor externo" nesta sexta-feira pelo Banco Central (BC), que calcula mensalmente estas movimentações financeiras.
Na prática, o déficit nas contas externas significa que o Brasil enviou mais dinheiro para o exterior do que recebeu. As transações correntes consideram três dados:
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A balança comercial de produtos entre o Brasil e outros países, isto é, as exportações e importações;
A balança de serviços das contas externas. É considerado, sobretudo, as compras de brasileiros no exterior, incluindo gastos com importações de serviços financeiros, fretes e aluguel de equipamentos e até gastos de turismo;
A renda primária é o terceiro dado e trata das remessas de dinheiro e pagamentos (lucros, juros e dividendos) que as empresas multinacionais, com filial no Brasil, enviam para o exterior. Nesse cálculo, também estão as remessas que empresas brasileiras recebem
O resultado negativo das contas externas foi puxado pelo déficit em renda primária, que aumentou US$1,3 bilhão em junho, alcançando US$ 6,2 bilhões. O resultado é 25,5% acima do déficit de US$ 4,9 bilhões de junho de 2024.
Além disso, o déficit também foi influenciado pelo resultado negativo na conta do comércio de serviços entre Brasil e o exterior. O balanço das operações de serviço totalizaram saldo negativo de US$ 4,5 bilhões em junho, uma alta de 3,7% na comparação com junho de 2024. Na época, o foi de US$ 4,4 bilhões.
A balança comercial de bens, que mede a diferença entre exportações e importações, registrou um superávit de US$ 5,3 bilhões.
Enquanto isso, a entrada de investimentos estrangeiros foi menor do que em junho do ano passado. Os investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 2,8 bilhões no mês, abaixo dos US$ 6,3 bilhões computados em junho de 2024

