Sáb, 06 de Dezembro

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FRAUDES

Careca do INSS: Defesa indica ao STF posse de lancha e mais imóveis para bloqueio de bens

Camilo Antunes está preso desde setembro por ordem do ministro André Mendonça

Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como 'Careca do INSS', em depoimento na CPI Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como 'Careca do INSS', em depoimento na CPI  - Foto: reprodução

A defesa do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS", informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que possui uma lancha no valor de R$ 2,2 milhões e salas comerciais que ainda não foram alvo do bloqueio de bens determinado pelo ministro André Mendonça.

Esses itens ainda estavam em processo de transferência para seu nome. A intenção da defesa é entregar para o cumprimento do bloqueio todos os bens que o empresário possui e que a Polícia Federal ainda não localizou, com o objetivo de tentar demonstrar que não pretende ocultar seu patrimônio das autoridades.

O Careca do INSS está preso desde setembro por ordem do ministro André Mendonça, sob suspeita de operar um esquema de desvios de aposentadorias do Instituto Nacional de Seguridade Social. O ministro também já determinou bloqueios de bens superiores a R$ 390 milhões nas operações já deflagradas do caso.

A lancha informada por sua defesa fica em Brasília.

"Requer-se a juntada dos documentos que comprovem as diligências para a transferência da lancha Cloud, perante a Marinha do Brasil, para o nome do peticionário, para que essa Suprema Corte, em caso de interesse, determine o bloqueio sobre o bem, também de forma a não restar dúvidas quanto à inexistência de qualquer tentativa de ocultação ou dilapidação de patrimônio", escreveu a advogada Danyelle Galvão na petição.

A defesa também informou a aquisição de cinco salas comerciais em São Paulo, mas que ainda estavam em processo de registro no cartório. Além de oferecer os bens para o bloqueio, a defesa solicitou a liberação de R$ 12.135,84 de suas contas para permitir o pagamento das taxas de cartório para a transferência dos imóveis ao seu nome.

O ministro André Mendonça ainda não despachou o pedido. Anteriormente, a defesa também tinha solicitado a liberação de valores da conta de Antônio Camilo para pagar dívidas trabalhistas decorrentes de processos por causa da demissão dos funcionários de suas empresas, que fecharam após a operação da Polícia Federal.

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