Dirigente do Fed diz que preferia manter juros até ter evidência de que inflação caminha a 2%
No documento, ela detalha que a política monetária terá que seguir "modestamente restritiva" por algum tempo
A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Cleveland, Beth Hammack, divulgou nesta sexta-feira, 20, um comunicado para explicar a sua divergência na decisão de juros do BC dos EUA. Ela disse que preferia manter os juros até ter a evidência de que a inflação caminha para 2%, que é a meta.
"Na minha opinião, manter o juro na reunião de dezembro de 2024 era a melhor escolha, dada a força dos dados econômicos recentes e condições financeiras acomodatícias", afirmou a dirigente.
Leia também
• Cautela externa impede Ibovespa de se empolgar após aprovação do pacote fiscal no Congresso
• Petrobras e Itaipu unem esforços para estudar possíveis parcerias tecnológicas
• Dólar cai para faixa de R$ 6,05 com leilões, aprovação de pacote, sinais do BC e exterior
No documento, ela detalha que a política monetária terá que seguir "modestamente restritiva" por algum tempo. "A economia está em uma boa posição, mas há mais trabalho a ser feito por inflação", informou ao projetar que a inflação ficará acima de 2% no próximo ano com emprego saudável.
"Estagnação da inflação acima de 2% arrisca desancorar expectativas", pontuou.
Segundo Hammack, expressou dúvidas sobre qual posição defender - manutenção ou corte de 0,25 ponto porcentual nos juros - e disse a decisão foi "apertada".

