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GOVERNO FEDERAL

Em aceno ao agro, Lula lança Plano Safra 2025 para pequenos produtores

Ao lado do ministro Paulo Teixeira, presidente anuncia o Plano Safra voltado à agricultura familiar;

Presidente LulaPresidente Lula - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta segunda-feira (30), no Palácio do Planalto, em Brasília, da cerimônia de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026. Voltado aos pequenos produtores, o evento representa um aceno estratégico do governo ao agronegócio. Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra também estão presentes.

Lula está acompanhado do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, com quem se reuniu pela manhã, cerca de uma hora antes da cerimônia, para alinhar os últimos detalhes da proposta.

Além de Teixeira, estão presentes o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Carlos Fávaro (Agricultura) e Marina Silva (Meio Ambiente).

O evento marca o anúncio de R$ 89 bilhões para políticas de crédito rural, compras públicas, seguro agrícola, assistência técnica para a agricultura familiar. Do total, R$ 78,2 bilhões destinados ao Pronaf, o que representa um aumento em relação ao ano passado, quando a destinação foi de R$ 76 bilhões.

O limite para a compra de máquinas e equipamentos menores também foi ampliado pelo governo, de R$ 50 mil para R$ 100 mil. A taxa de juros segue 2.5%. Para máquinas maiores, de até R$ 250 mil, o índice chega a 5%.

O Palácio do Planalto manteve em 3% a taxa de financiamento da produção de alimentos da cesta básica, como arroz, feijão, mandioca, frutas, verduras, ovos e leite.

Coordenado pelos ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, o Plano Safra oferece crédito, incentivos e políticas públicas para produtores rurais de todos os portes. O programa inclui linhas de financiamento com juros subsidiados para custeio da produção, aquisição de máquinas e investimentos em tecnologia.

Com as medidas, o governo busca reforçar o apoio a um setor que, nas últimas eleições, esteve majoritariamente alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na última sexta-feira (27), em evento no Tocantins, Lula afirmou que o Plano Safra de 2025 é o "terceiro maior da história", atrás apenas dos planos lançados em 2023 e 2024. Na ocasião, também alfinetou o antecessor:

— Não vou perguntar para quem o fazendeiro votou. Não quero saber se é um fazendeiro que faz Pix para ajudar o Bolsonaro na vagabundagem dele. O que eu quero saber é se ele está produzindo para este país.

Na terça-feira (1º), também no Palácio do Planalto, Lula lançará o Plano Safra 2025/2026 destinado a médios e grandes produtores, ao lado do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

Tensão com Congresso
O evento foi marcado por uma tensão pela eventual judicialização por parte do governo em relação ao IOF. Na semana passada, o Congresso derrubou dois decretos presidenciais que previam a alta da taxação. Hoje, o presidente da Casa, Hugo Motta, afirmou ter avisado ao governo que a medida teria dificuldade em ser respaldada internamente.

Antes do evento, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, afirmou que Motta tem o direito de se manifestar, assim como o governo de ir ao Supremo Tribunal Federal (STF).

— É um direito do presidente de ir à Justiça, e ninguém pode impedir ninguém de ir à Justiça. Se ele decidir ir à Justiça não é nenhum afronta, é continuar brigando por aquilo que ele acha que é direito dele.

Questionado se o tensionamento poderia atrapalhar a agenda econômica do governo, o senador afirmou que "não deveria", alegando que a gestão não tem pautado nada fora do esperado. Já o líder do governo na Câmara, José Guimarães, afirmou que irá se reunir com a

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