Embraer diz que seguirá defendendo "firmemente" tarifa zero para indústria aviões
Trump assinou ordem executiva implementando uma tarifa adicional de 40% sobre o Brasil, somando-se aos 10% anunciados em abril
Em nota divulgada nesta terça-feira, a Embraer afirma que decisão do governo dos Estados Unidos exclui aeronaves civis e seus componentes, entre outros setores, da tarifa adicional de 40% sobre as importações do Brasil. Dessa forma, os seus produtos ficariam com tarifa de 10%, em vigor desde o dia 2 de abril.
"A notícia confirma o impacto positivo e a importância estratégica das atividades da Embraer para as economias brasileira e norte-americana", diz o texto.
O presidente americano Donald Trump assinou nesta tarde uma ordem executiva implementando uma tarifa adicional de 40% sobre o Brasil, somando-se aos 10% anunciados em abril e elevando o total da tarifa para 50%.
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No entanto, o decreto estabelece uma longa lista de quase 700 exceções — entre os 4 mil itens que o Brasil exporta para os EUA — a essa tarifa adicional de 40%, entre elas aviões da Embraer, peças aeronáuticas (como turbinas, pneus e motores), suco de laranja, castanhas, vários insumos de madeira, celulose, ferro-gusa, minério de ferro, equipamentos elétricos e petróleo, que já vinha sendo tirado das listas de tarifas dos EUA para os países.
"Continuamos acreditando e defendendo firmemente o retorno à regra de tarifa zero para a indústria aeroespacial global. Mais importante ainda, apoiamos o diálogo contínuo entre os governos brasileiro e norte-americano e permanecemos confiantes em um resultado positivo para os dois países", diz o texto.

