Sáb, 06 de Dezembro

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Dívidas

Endividamento das famílias recifenses recua em setembro

Cartão de crédito segue como principal fonte de dívida

Endividamento das famílias recifenses recua em setembroEndividamento das famílias recifenses recua em setembro - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Em setembro, 79,8% das famílias recifenses estavam endividadas, com 25,7% apresentando contas em atraso e 14% afirmando que não terão condições de pagar suas dívidas nos próximos meses. 

Os dados foram obtidos através da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Confederação Nacional do Comércio (CNC), com recorte local feito pela Fecomércio-PE. 

O índice apresenta pequena redução em relação ao mês anterior (80%) e também ao mesmo período de 2024 (82%). Entre os endividados, 25,7% possuem contas em atraso, e 14% afirmaram que não terão condições de pagar suas dívidas nos próximos meses.

O levantamento apontou que o cartão de crédito segue como principal fonte de dívida, citado por 89,5% das famílias, seguido de carnês de loja (27,7%) e financiamento de automóveis (7%). O comprometimento médio da renda familiar com dívidas alcançou 29,2%, e o tempo médio de atraso nas contas foi de 64 dias. 

 

Para o presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, os resultados refletem o cenário atual do consumo.

“A Fecomércio acompanha com atenção o comportamento do consumidor, pois ele é espelho da dinâmica do comércio e dos serviços. Embora haja uma leve melhora nos indicadores, a taxa de juros ainda elevada restringe o acesso ao crédito e inibe o consumo. Nosso papel é continuar orientando e apoiando o setor produtivo para que manter os bons resultados”, afirmou. 

Por sua vez, o economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, destacou alguns dados, como o emprego.

“O saldo positivo de 12 mil empregos formais em agosto, segundo o Caged, tem contribuído para a manutenção da renda e para o pagamento de dívidas. Ainda assim, a taxa Selic elevada mantém o crédito caro, principalmente para financiamentos de imóveis e automóveis, o que reduz a capacidade de reendividamento e impõe um comportamento mais prudente nas decisões de consumo”, explicou.
 

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