Sex, 05 de Dezembro

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MINISTRO DA FAZENDA

Haddad diz que "faltou exemplo, liderança", ao comentar fraudes no ICMS de São Paulo

Ministério Público diz ter identificado grupo responsável por favorecer empresas do setor varejista em troca de vantagens indevidas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad.O ministro da Fazenda, Fernando Haddad. - Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que “alguma coisa falhou” no cruzamento de dados,ao comentar o esquema de fraudes com créditos do ICMS na Secretaria da Fazenda de São Paulo.

Segundo o Ministério Público, a investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (Gedec) identificou um grupo criminoso responsável por favorecer empresas do setor varejista em um esquema de créditos de ICMS em troca de vantagens indevidas.

Haddad participou de seminário do governo federal sobre controladoria na administração pública e ética. Na ocasião, o ministro citou o caso que envolve o governo comandado Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), opositor de Lula.

— Esse caso no estado de São Paulo, um servidor público com mais de R$ 1 bilhão na conta corrente? Como pode ter acontecido uma coisa dessa? Faltou exemplo, liderança. Não é que não possa acontecer, mas um escândalo dessa magnitude, alguma coisa falhou no funcionamento do cruzamento de dados, da investigação isenta — disse Haddad.

O ministro ainda fez um paralelo com a sua administração como prefeito de São Paulo, entre 2013 e 2016.

— Se uma prefeitura do mesmo estado foi capaz de realizar o trabalho que fizemos ali em 2013 com êxito, como o estado não se organiza para isso.

Durante o evento desta quarta, Haddad ainda fez um paralelo do caso com o caso de fraude de descontos ilegais aplicados em aposentadorias do INSS. Segundo o ministro, o governo federal atuou para desarticular o esquema.

— Às vezes você paga por ter feito um bom serviço, não é simples de explicar para população quando aconteceu, quando começou, a nossa CGU acaba de passar por isso, na questão do INSS, uma coisa que começou a ser montada em 2021 e 2022, e que foi ganhando volume, até que chegou alguém, fez o dever de casa e chegou à conclusão de que as coisas deveriam parar ali.

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