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Haddad diz que governo tem "melhores expectativas" após conversa entre Lula e Trump

Ministro da Fazenda afirmou que medida do governo americano não tem fundamento e pode ser contornada

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, disse que o telefonema entre os depois ocorreu em "clima leve e natural".Fernando Haddad, ministro da Fazenda, disse que o telefonema entre os depois ocorreu em "clima leve e natural". - Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que o governo brasileiro tem as “melhores expectativas” em relação às negociações com o governo americano sobre as tarifas de 40% aplicadas a produtos brasileiros.

Em entrevista à Record, Haddad disse que a medida não tem fundamento, e justamente por isso, o governo espera contornar as negociações.

— Temos as melhores expectativas justamente pela falta de fundamento de uma medida dessa natureza. As coisas vão transcorrer com naturalidade — afirmou.

Haddad comentou a conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o americano Donald Trump. Ele disse que o telefonema entre os depois ocorreu em “clima leve e natural”.

— O ânimo dos dois estava muito bom. Clima franco e leve. Não foi telefonema difícil, mas fácil. Parecia haver dos dois lados boa vontade. Durou mais ou menos 30 minutos — contou Haddad.

Segundo o ministro, a aplicação da sobretaxa sobre os produtos brasileiros ocorreu por desinformação do governo americano.

— Era uma medida sem amparo. Só se devia à desinformação patrocinada para levar o governo dos EUA ao erro de imaginar que o Executivo brasileiro pudesse ter alguma incidência sobre o que estaria acontecendo — disse.

Trump disse ter tido uma conversa "muito boa" com Lula na manhã desta segunda-feira. Em postagem na rede social Truth Social, o republicano afirmou que o telefonema versou principalmente sobre economia e comércio.

"Nesta manhã, eu tive uma conversa telefônica muito boa com o presidente Lula, do Brasil. Discutimos muitas coisas, mas a conversa foi principalmente focada em economia e comércio entre os dois países. Vamos ter mais discussões no futuro, e vamos nos reunir em um futuro próximo, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Eu gostei da ligação — nossos países vão se dar muito bem juntos!", disse o americano, em tradução livre.

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