Membros do conselho consultivo da Reag Investimentos renunciam após operação Carbono Oculto
Órgão que assessorava Conselho de Administração será extinto, informou a gestora
A Reag Investimentos, uma das gestoras investigadas na Operação Carbono Oculto contra o crime organizado, divulgou comunicado ao mercado informando que o seu conselho consultivo foi extinto após a renúncia de todos os seus membros. A decisão foi tomada em assembleia do Conselho de Administração da Reag capital Holding.
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O conselho consultivo é um órgão não estatutário que assessora o Conselho de Administração. Havia sido criado em 22 de abril de 2025. Com a extinção do conselho consultivo, eventuais atribuições antes desempenhadas elo órgão passarão a ser exercidas diretamente pelo Conselho de administração e pela diretoria. O comunicado é assinado pelo diretor presidente da empresa, Dario Tanure.
A Reag Capital Holding já tinha anunciado em fato relevante que negocia a possível venda do controle da Reag Investimentos. As conversas envolvem potenciais interessados independentes.
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"As tratativas compreendem, entre outros, a troca de informações sujeitas a acordos de confidencialidade e discussões preliminares sobre termos e condições econômicos e contratuais da possível transação", afirmou a empresa, em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O comunicado informa que não há garantia de que as negociações resultem em alguma confirmação de negócio, mas que abriu informações sujeitas a acordos de confidencialidade para a possível transação com o novo controlador.
A Reag Holding possui 63,93% da Reag Investimentos, enquanto pessoas vinculadas à holding somam mais 23,45%, segundo o site da empresa. A tesouraria da gestora possui 0,14% das ações, enquanto 11,68% estão em livre circulação.
A Reag Investimentos foi uma das empresas no epicentro da Operação Carbono Oculto, realizada na quinta-feira da semana passada. Mandados de busca e apreensão foram realizados na sede da gestora após a investigação do MP apontou que dez fundos ligados à Reag teriam sido usados para adquirir e ocultar bens como imóveis, veículos e até usinas de álcool. A Reag negou irregularidades em seus fundos e informou que já tinha renunciado a oito deles.

